Alvo era Beit Hillel, região próxima à fronteira do Líbano e Colinas de Golã; Domo de Ferro interceptou parte do ataque.
O grupo libanês Hezbollah disparou dezenas de foguetes contra o norte de Israel na madrugada deste domingo (04/08). Segundo comunicado, o alvo era Beit Hillel, um moshav (comunidade agrícola), próximo à fronteira com o Líbano e às Colinas de Golã.
De acordo com relatos da imprensa israelense, como o Times of Israel, diversos projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea Domo de Ferro, enquanto outros atingiram o solo, iniciando focos de incêndio.
Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos causados pelos ataques, que ocorrem em um dos períodos de maior tensão no Oriente Médio.
O Hezbollah afirmou que os ataques foram uma resposta a bombardeios israelenses no sul do Líbano. Esta é uma das principais ações do grupo libanês contra Israel desde o início da mais recente onda de hostilidades na região.
Na terça-feira passada (30/07), um ataque reivindicado por Israel matou o comandante operacional do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. A ação resultou em pelo menos três mortes, incluindo duas crianças, e 72 feridos, de acordo com as autoridades libanesas, segundo a Forum.
Já no dia seguinte, o líder da ala política do Hamas foi assassinado em Teerã horas após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
O Irã e o Hamas prometeram punir Israel pelo ataque, mas Tel Aviv não confirmou nem negou a autoria da ação.
Desde o início das hostilidades em outubro de 2023, a guerra conduzida por Israel na Faixa de Gaza resultou em pelo menos 39,5 mil mortos. No norte, o Exército israelense e o Hezbollah — aliado do Hamas e do Irã — estão travando uma guerra de atrito que já causou dezenas de mortes.
Forças israelenses bombardearam outra escola que abrigava palestinos deslocados no bairro Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, matando pelo menos 17 pessoas e ferindo outras 60. Muitas das vítimas eram crianças.
O Hamas afirma que iniciou um amplo processo de consulta para selecionar um novo líder após o assassinato de seu chefe político, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, Teerã.