Protestos na Venezuela começaram no dia 29 de julho, um dia após o Conselho Nacional Eleitoral declarar Maduro como presidente eleito.
A Venezuela vive um momento de tensão neste sábado (3), com manifestações pró e contra o governo e ameaças de terrorismo. O presidente Nicolás Maduro anunciou que grupos mercenários estão planejando um ataque na área de Bello Monte, em Caracas. Segundo ele, esses grupos estão armados com granadas e outras armas. A cidade está sob proteção aumentada, com todas as agências de segurança mobilizadas para evitar qualquer incidente. Durante os protestos após as eleições, dois militares foram mortos, e mais de 1.200 pessoas foram detidas, acusadas de destruição de infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo. Os protestos também já resultaram em pelo menos 20 mortes, segundo a Human Rights Watch.
Os protestos na Venezuela começaram no dia 29 de julho, um dia após o Conselho Nacional Eleitoral declarar Maduro como presidente eleito para o período de 2025-2031. O resultado das eleições, que deu a Maduro 51,95% dos votos contra 43,18% de Edmundo González, foi contestado pela oposição. A situação gerou confrontos violentos entre manifestantes e a polícia, com pedras e coquetéis Molotov sendo lançados contra os agentes de segurança. O líder da oposição, Edmundo González, recebeu uma ligação de congratulações do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que o reconheceu como vencedor das eleições. 247.
Neste sábado, a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu um pedido de paz antes das manifestações planejadas em várias partes do país. A entidade chamou a atenção para a necessidade de evitar violência e manter a ordem pública. A autoridade eleitoral venezuelana reafirmou na sexta-feira os resultados que proclamaram Maduro vencedor. A oposição, no entanto, continua contestando o resultado e promovendo manifestações em todo o país.
Líderes da oposição, como Maria Corina Machado, se juntaram aos manifestantes nas ruas de Caracas neste sábado, mesmo sob ameaças de represálias. Machado estava escondida após declarar em um artigo no Wall Street Journal temer por sua vida. (Com informações de agências internacionais).