Grupo foge das intimações e não apaga fake news disparada contra presidente.
A pedido do então titular da pasta da Justiça Flávio Dino, feito em 2023, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o MBL (Movimento Brasil Livre) por suposto crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em publicação na rede social X (antigo Twitter), após o grupo de extrema-direita disparar uma grave fake news citando o governo federal.
A publicação do MBL dizia que “Lula aprova aborto e mudança de sexo”.
Trata-se de uma informação falsa. O governo Lula não ampliou as situações em que o aborto é permitido no Brasil nem o “legalizou”. O aborto é crime previsto no Brasil desde o Código Penal de 1940. Desde então, essa mesma lei prevê duas exceções nas quais a interrupção da gravidez pode ocorrer:
De acordo com jornal Folha de S.Paulo, o delegado Rafael Grummt identificou preliminarmente o crime de difamação. Em outubro, o delegado Cicero Strano Moraes instaurou o inquérito. Em junho, a PF solicitou uma busca pela localização Renan Santos, lider do grupo, e enviou uma nova intimação, com pedido para que se apresente a uma unidade do órgão em setembro, o que não ocorreu.