O grupo oferece uma alternativa ao Ocidente, permitindo à África acessar duas fontes de “ajuda multilateral e bilateral”, avaliou o ex-presidente de Estado africano.
A organização BRICS é um contrapeso benéfico ao monopólio do Ocidente na África, disse o ex-presidente de Gana à Sputnik.
“Não deve haver um único polo de crescimento no mundo, deve haver vários. Eu até gostaria que tivéssemos três ou quatro. Cada parte do mundo deve ser um polo de crescimento para a prosperidade e o desenvolvimento da humanidade, então não acho que o monopólio do Ocidente em termos de desenvolvimento e prosperidade seja algo bom para todo o planeta”, de acordo com John Dramani Mahama, mandatário do país africano entre 2012-2017.
“O BRICS também é um contrapeso. São países em desenvolvimento que decidiram reunir recursos, e isso é benéfico para nós na África porque, em vez de termos uma fonte de ajuda multilateral e bilateral, temos duas fontes”, sublinhou.
Mahama acredita que os países do BRICS estão alcançando a prosperidade e “podem ser imitados”.
“Creio que o desenvolvimento do BRICS é um fenômeno positivo para o mundo, por isso tenho uma atitude positiva em relação ao BRICS como organização”, acrescentou o ex-líder.
A Rússia passou a presidir o BRICS por um ano em 1º de janeiro de 2024. A presidência russa tem como lema o reforço do multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança. A Rússia está organizando mais de 200 eventos políticos, econômicos e sociais, incluindo uma reunião em Nizhny Novgorod, no âmbito da presidência.
O ano começou com a entrada de novos países-membros na organização – além da África do Sul, do Brasil, da China, da Índia e da Rússia, o bloco agora inclui a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã. A África do Sul foi a primeira a se juntar ao grupo de fundadores em 2010.
*Sputnik