PIB tem queda de 5,1% no primeiro trimestre ante ano anterior; queda de consumo e de investimento marcam contração econômica
As reformas econômicas propostas pelo presidente Javier Milei começaram a mostrar seus primeiros resultados: o PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina encerrou o primeiro trimestre do ano em queda de 5,1% em relação ao ano passado.
Dados oficiais apontam uma perda de 2,6% na comparação com o trimestre anterior, que se soma uma contração de 2,5% vista no quarto trimestre ante o período imediatamente anterior.
“Ou seja, dois trimestres consecutivos de uma recessão que se aprofunda e acelera, começando a apresentar outras consequências”, conforme reportagem do jornal argentino Pagina12.
Vale lembrar que, no momento em que o PIB de um país apresenta queda durante dois trimestres consecutivos, ele é automaticamente colocado em um quadro de recessão técnica.
Queda da atividade puxa alta do desemprego
Por consequência, a recessão argentina começa a afetar outras áreas: por conta da queda da atividade econômica, a taxa de desemprego começa a crescer, chegando a 7,7%, sendo que o impacto negativo avança quando a análise atinge a população feminina ativa, onde a taxa de desocupação chega a 8,4%.
As estatísticas oficiais destacam ainda a queda de 12,6% no nível de investimentos ao longo do primeiro trimestre. Embora as exportações tenham avançado 11,1%, o consumo privado caiu 2,6% e o consumo público retrocedeu 0,8% – ou seja, enquanto a demanda local cai em termos de consumo e de investimento, apenas a demanda internacional avançou.
Ao se analisar a atividade produtiva, a construção foi o setor que mais caiu, com uma perda de 19,7%, o que ajuda a explicar a queda de 23,4% na formação bruta de capital (o investimento).
As atividades diretamente ligadas à exportação seguiram em crescimento: agricultura e pecuária avançaram 10,2% no ano, enquanto o segmento de minas e pedreiras subiu 8%.
*GGN