Esquerda avança e extrema-direita derrotada nos países nórdicos da UE

Esquerda avança e extrema-direita derrotada nos países nórdicos da UE

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Na contramão dos principais membros da União Europeia (UE), os países nórdicos registraram neste domingo (9) um forte avanço de partidos de esquerda e ecológicos nas eleições para o parlamento do bloco.

Suécia, Finlândia e Dinamarca, que somam 51 das 720 cadeiras em Bruxelas, viram a extrema-direita ser contida, ao contrário do que se viu na França, Alemanha e Itália, onde partidos nacionalistas e neonazistas tiveram vitórias retumbantes.

Na Suécia, o Partido Social Democrata da Suécia obteve 24,9% dos votos e ficou com cinco cadeira, das 21 reservadas para o país. O Partido Moderado, do espectro liberal, foi o segundo mais votado com 17,5% dos votos e quatro cadeiras.

Já o Partido Verde emergiu como a terceira maior votação no país, somando 13,8% dos votos e três cadeiras.

Enquanto isso, o partido anti-imigração teve um recuo considerável desde as últimas eleições para o parlamento europeu, em 2019. Democratas Suecos, que esperava ganhar terreno para se tornar o segundo maior da Suécia, teve que se contentar com 13,2% dos votos, 2,1 pontos abaixo das últimas eleições.

Na Finlândia, a extrema-direita conquistou uma das 15 cadeiras destinadas ao país em Bruxelas e apenas 7,6% dos votos. O Partido dos Finlandeses foi apenas o quinto colocado.

Já o partido de esquerda Aliança obteve um avanço espetacular com 17,3% dos votos, quatro pontos a mais do que em 2019, ficando em segundo lugar e com três cadeiras.

A lista mais votada foi a da Coalizão Nacional, de centro-direita, do primeiro-ministro Petteri Orpo, que consolidou sua posição com 24,8% dos votos, um aumento de quase quatro pontos de 2019 para cá.

Na Dinamarca, em um cenário político muito fragmentado, o Partido Popular Socialista lidera com 17,4%, obtendo três das 15 cadeiras. Já o Partido Social-Democrata, que lidera a coalizão governamental, recua para 15,6%, mas também obteve três cadeiras, diz o Vermelho.

O país foi abalado por um ataque na sexta-feira contra a primeira-ministra Mette Frederiksen, quando um homem a agrediu em uma praça de Copenhague. A líder do governo não participou de nenhum evento eleitoral noturno.

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