Polícia Federal brasileira confirmou à CNN que ao menos 48 pessoas procuradas estão no país vizinho.
Pedidos de extradição de condenados ou investigados nos ataques do 8 de janeiro de 2023 que fugiram para a Argentina só podem ser considerados após negados eventuais pedidos de asilo pelas autoridades do país vizinho, segundo fontes diplomáticas brasileiras.
Isso significa que a alegação de perseguição política deva ser analisada antes pelo governo argentino de uma avaliação de extradição, de acordo com o direito internacional e também pela proteção do candidato a asilado.
A Polícia Federal brasileira confirmou à CNN que ao menos 48 pessoas procuradas estão no país vizinho. Nesta sexta-feira (7), o Brasil solicitou à embaixada da Argentina informações sobre 143 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro. Esse é o primeiro pedido formal feito pelo governo brasileiro sobre o caso.
Assim como no Brasil, a decisão na Argentina sobre pedidos de extradição é tomada por um colegiado, que analisa as solicitações de asilo político. Todo o processo é feito em caráter sigiloso.
Por isso, não se sabe exatamente o número de pessoas que fugiram para a Argentina. Os identificados até agora são aqueles que deram entrevista ou fizeram publicações nas redes sociais.
Entre os foragidos, há condenados e investigados que deixaram de comparecer à Justiça ou até mesmo quebraram a tornozeleira eletrônica.
De acordo com fontes envolvidas na discussão, o STF deverá mandar o pedido de extradição e caberá ao Itamaraty encaminhar a solicitação para a Justiça da Argentina, por meio da chancelaria do país vizinho.
O governo da Argentina está ciente da presença no país de brasileiros condenados ou investigados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, e disse que se houver pedido de extradição analisará os casos.