Caso Marielle: PM que forneceu arma do crime intervia para travar processos no TCE a pedido de políticos

Caso Marielle: PM que forneceu arma do crime intervia para travar processos no TCE a pedido de políticos

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Ele ocupava cargo de confiança no gabinete de Domingos Brazão e tinha contato com pessoas envolvidas em grilagem de terra

O policial militar Robson Calixto Fonseca, que segundo a Polícia Federal (PF) cedeu a arma usada para matar Marielle Franco, recebia pedidos de políticos para travar processos no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, informa o colunista Guiherme Amado, do portal Metrópoles. Fonseca tinha um cargo de confiança no gabinete do conselheiro Domingos Brazão, também preso no âmbito do caso Marielle.

Conhecido como Peixe, o auxiliar de Domingos Brazão recebia pedidos frequentes de favores políticos no Tribunal de Contas estadual, de acordo com a investigação da PF. As solicitações incluíam fazer com que Brazão pedisse vista dos processos no tribunal, ou seja, mais tempo para analisar o caso. A estratégia fazia com que os processos em questão ficassem travados no gabinete e não fossem a votação no plenário.

A PF também apontou relações indevidas de Peixe fora do Tribunal de Contas. “Provavelmente Peixe tem contato com pessoas envolvidas com grilagem de terras”, afirmou a Polícia Federal, que também citou a atuação de Peixe para viabilizar lotes irregulares na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nessa região fica Rio das Pedras, território dominado pela milícia e curral eleitoral da família Brazão.

A relação de Peixe com Domingos Brazão é antiga. Antes de ocupar um cargo comissionado de R$ 26 mil no gabinete de Brazão no Tribunal de Contas, Peixe trabalhou com o então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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