Comunidade brasileiro-palestina denuncia presidente da CONIB por racismo: ‘agiu como genocida’

Comunidade brasileiro-palestina denuncia presidente da CONIB por racismo: ‘agiu como genocida’

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A comunidade brasileiro-palestina e a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) denunciaram o presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Claudio Lottenberg, por racismo e discurso de ódio após uma publicação contra a comunidade palestina no portal UOL.

No texto, publicado nesta segunda-feira (20/05) e intitulado “Colocando os pingos nos is”, Lottenberg escreveu que o palestino é “esmagadoramente violento, misógino, homofóbico e antidemocrático”. Após a repercussão negativa da fala, o autor editou o artigo, suprimindo o trecho ofensivo.

A Opera Mundi, o presidente da FEPAL, Ualid Rabah, declarou que a entidade tomou a decisão juridicamente contra Lottenberg por considerar que a uma inação diante do caso “tenderia a aumentar o número de incidências e a gravidade delas” contra a comunidade palestina no Brasil.

O presidente da CONIB foi denunciado na Delegacia da Diversidade Online da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, que investiga crimes de intolerância.

Segundo Rabah, essa não é a primeira atitude jurídica da FEPAL, que já promoveu dezenas de condutas, inclusive judicializadas e que já resultaram em inquéritos e denúncias do Ministério Público.

“Nesse caso não poderia ser diferente, especialmente se tratando de um presidente de uma confederação que se apresenta no Brasil como israelita com o discurso de ódio, intolerância, racismo explícito e supremacismo. Resolvemos agir porque se isso ficar sem resposta e impune, a tendência é a criminalização da comunidade brasileiro-palestina, estendida à comunidade árabe”, reiterou.

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O presidente da FEPAL ainda explicou que a denúncia contra Lottenberg não é exclusivamente pelas palavras de extermínio do povo palestino, mas também ampliada à luta contra o racismo, supremacismo racial, regimes de apartheid e genocídio em toda a humanidade.

“Quando se comete um crime de racismo no Brasil, contra quem quer que seja, ele afeta toda a humanidade. Quando nós enfrentamos o nazismo, os colonialismos e o Apartheid na África do Sul, é porque eles representavam um perigo contra a humanidade”, explica.

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