As investigações seriam abertas com base em provas colhidas na operação que prendeu os responsáveis por mandar matar Marielle.
O relatório da Polícia Federal (PF) produzido a partir da análise dos materiais apreendidos na operação que pendeu os mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes pede a abertura de quatro inquéritos.
As investigações seriam abertas com base em provas colhidas na operação, como trocas de mensagens e documentos encontrados nos aparelhos dos investidados. Em um dos pedidos, a PF solicita a autorização de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre “apuração de indícios de crimes contra a administração pública possivelmente praticados por parlamentares federais no exercício de seus respectivos mandatos”.
Em outro, a PF pede remesssa do relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), ante os indícios de crimes contra a administração pública e de lavagem de capitais possivelmente praticados pelo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão.
A corporação demanda envio do relatório também à Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas, para que se apure a posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e de arma com numeração suprimida por Robson Calixto Fonseca, vulgo Peixe, que é ex-assessor de Domingos Brazão.
Há ainda um pedido ao Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), ante os indícios da suposta prática de crimes contra a administração pública e de lavagem de capitais praticados pelo ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa e a esposa, Érika Araújo.