Eventual queda da encosta no reservatório causaria uma onda às margens do Rio Caí, atingindo as populações ribeirinhas de São Francisco de Paula, Gramado, Canela, Caxias do Sul, Vale Real e Nova Petrópolis.
Áreas ribeirinhas de seis cidades do Vale do Caí e Serra Gaúcha, no Rio Grande Sul, foram colocadas em alerta pela Defesa Civil estadual devido ao risco de deslizamento de uma encosta na Barragem do Salto, em São Francisco de Paula. Conforme o órgão, eventual queda da encosta no reservatório causaria uma onda às margens do Rio Caí, atingindo as populações ribeirinhas de São Francisco de Paula, Gramado, Canela, Caxias do Sul, Vale Real e Nova Petrópolis. Em algumas cidades, os moradores das áreas ribeirinhas estão sendo evacuados, diz a CNN.
As rachaduras foram observadas em casas e ruas que ficam em uma grande área da encosta. O prefeito de São Francisco de Paula, Marcos Aguzzoli (PP), usou as redes sociais para pedir aos moradores que saiam das casas. “Duas regiões do entorno do Salto, uma delas ao lado da barragem, estão com rachaduras em diversos pontos e a encosta pode deslizar para dentro do reservatório. Quem mora na região, a gente pede que evacue suas casas”, disse.
À reportagem, ele explicou que a estrutura da barragem está intacta, mas se houver o deslizamento, a onda pode superar ou até romper a barragem, causando alagamentos nos municípios à jusante. “Fizemos a retirada dos nossos moradores e alertamos os outros municípios. É uma medida preventiva, mas que pode salvar vidas”, disse. Segundo ele, a prefeitura contratou geólogos para melhor avaliação do risco. “Se estiver tudo bem, as pessoas poderão voltar para as casas”, disse.
O coordenador da Defesa Civil municipal, tenente Eli Rangel, informou que as equipes foram de casa em casa convencendo os moradores a saírem. Uma equipe de geólogos foi contratada de forma emergencial para estudar as áreas onde surgiram as rachaduras. Algumas estradas apresentaram fendas largas na pista de rolamento. “A barragem não tem problema, o risco é o deslizamento para dentro do reservatório e a onda que pode atingir todo o entorno. Muita gente já saiu, mas ainda há famílias que precisam sair”, disse.