Governo planeja editar medida provisória para criar Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que terá como principal função coordenar ações das diversas pastas, do governo estadual e das prefeituras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará nesta quarta-feira (15) o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, como a autoridade federal para liderar a reconstrução do Rio Grande do Sul. A previsão é que o cargo tenha uma duração de quatro a seis meses. Pimenta, natural do estado e jornalista de profissão, manterá o título de ministro.
O governo planeja editar uma medida provisória para estabelecer o Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que terá como principal função coordenar as ações das diversas pastas, do governo estadual e das prefeituras. Será montado um gabinete no Rio Grande do Sul, embora Pimenta também mantenha sua sala no Planalto.
Com seis mandatos como deputado federal, Pimenta é mencionado como possível candidato do PT ao governo gaúcho em 2026.
Isso levanta preocupações dentro do governo sobre a politização dos esforços de reconstrução do estado. No entanto, em conversas reservadas, Pimenta assegura ter uma boa relação pessoal com o governador Eduardo Leite e descarta possíveis problemas com ele.
A decisão de Lula de criar o ministério extraordinário foi motivada pela comoção nacional e internacional gerada pela tragédia no Rio Grande do Sul. Mesmo antes de sua nomeação, Pimenta já havia realizado três viagens ao estado desde o início das chuvas.
No Planalto, a intenção é transformar a reconstrução do Rio Grande do Sul em um ponto de destaque do governo, especialmente considerando que o estado possui redutos com grande influência do bolsonarismo. Nas eleições de 2018 e 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o candidato mais votado entre os eleitores gaúchos.
Durante o período em que Pimenta estiver à frente do ministério extraordinário, o jornalista Laércio Portela assumirá interinamente a Secom.