Lula adia viagem ao Chile para preparar novas medidas de ajuda ao RS

Lula adia viagem ao Chile para preparar novas medidas de ajuda ao RS

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por adiar sua viagem ao Chile, inicialmente programada para os dias 17 e 18 de maio, em decorrência da grave crise enfrentada pelo Rio Grande do Sul. O estado sulista vive sua maior tragédia climática da história, impactado por chuvas intensas e enchentes desde o final de abril.

A situação no Rio Grande do Sul permanece crítica, com previsões de novas chuvas intensas. As autoridades alertam a população para buscar áreas seguras, pois 447 dos 497 municípios do estado foram afetados pelas inundações. A permanência do presidente da República no país pode representar também uma terceira visita ao estado, além da preparação de novas medidas que podem ser anunciadas para ajudar o estado.

A decisão de adiamento foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que destacou a necessidade de acompanhar de perto a situação no estado e coordenar as atividades de assistência à população afetada e de reconstrução das áreas atingidas. As novas datas para a visita de Lula ao Chile ainda não foram confirmadas.

O chanceler do Chile, Alberto van Klaveren, foi informado do adiamento da viagem pelo seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira. O Ministério das Relações Exteriores do Chile também se pronunciou sobre o adiamento, expressando solidariedade ao povo brasileiro, especialmente às famílias das vítimas e aos afetados pela tragédia. Ambos os governos afirmaram que continuarão buscando uma nova data para a realização da visita presidencial.

A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou um rastro de devastação, com 146 mortos, 806 feridos e 132 desaparecidos, de acordo com o último relatório da Defesa Civil brasileira. Além disso, mais de 619 mil pessoas foram deslocadas devido às fortes chuvas, das quais cerca de 80 mil ainda permanecem em abrigos, diz o Vermelho.

A visita de Lula ao Chile estava prevista para incluir um encontro bilateral com o presidente chileno Gabriel Boric, além de participação em um seminário para empresários dos dois países organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex). O objetivo principal da visita era agregar o apoio do presidente chileno à iniciativa brasileira de fortalecimento da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, as autoridades continuam emitindo alertas de inundações, com previsão de aumento do nível do Guaíba para 5,5 metros.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planeja uma reunião virtual com o governador do estado, Eduardo Leite, para discutir a grave situação e as medidas necessárias de apoio financeiro. A dívida do Rio Grande do Sul com a União, estimada em cerca de R$ 90 bilhões, representa um desafio adicional diante da necessidade urgente de reconstrução. A suspensão temporária do pagamento dessa dívida poderia liberar recursos para a reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes.

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