Em entrevista para radialistas, transmitida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nesta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assegurou que “não haverá falta de recurso para atender as necessidades do Rio Grande do Sul”. Até o momento já foram liberados cerca de R$ 1,5 bilhão de recursos do Governo Federal para atender às demandas da população que sofre com as enchentes no Estado.
Desde as primeiras horas das chuvas até o meio-dia desta segunda-feira (6), foram liberados imediatos recursos de emendas parlamentares, especialmente para a Saúde (R$ 538 milhões), adiantamento de benefícios sociais e de auxílio aos desabrigados (R$ 890 milhões), e para garantia de alimentos e energia (R$ 50 milhões), além de outros.
O presidente Lula destacou também as ações ações do Governo Federal em parceria com o Estado e os municípios para socorrer a população gaúcha, fortemente afetada pelas tempestades e enchentes dos últimos dias.
Lula reafirmou o compromisso de não deixar faltar apoio ao Estado. “O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul. É um estado muito importante do ponto de vista artístico, cultural, do trabalho, da nossa cultura. O que vamos fazer é devolver ao Rio Grande do Sul o que ele merece que seja devolvido para poder tocar a vida”, afirmou.
O presidente enfatizou que a real situação do Estado só será conhecida quando as águas baixarem. “A dificuldade inicial é que nenhum prefeito tem noção do estrago. Por enquanto, as pessoas imaginam, pensam. Mas a gente só vai saber o estado real quando a água baixar e a gente ver o que aconteceu de fato.” A tendência é que os estragos sejam ainda maiores do que se imagina.
Reconhecimento de calamidade pública
Lula destacou que o projeto de decreto legislativo enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no RS diminuirá a burocracia, permitindo que os vários ministérios liberem recursos de forma mais rápida, de acordo com as necessidades fundamentais, como o retorno das crianças à escola, reativação de hospitais, compra de remédios, combustível, água e comida, itens em falta no Estado.
O presidente reforçou que há um consenso entre os diversos poderes para facilitar a liberação de recursos. “O que eu posso garantir é que há cem por cento de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário para que a gente facilite o máximo possível os recursos”, disse. A iniciativa do presidente de integrar representantes de todos os poderes na visita ao Estado facilitou essa negociação.
A informação é que recursos emergenciais serão liberados a partir de hoje. Segundo o presidente, vários ministérios já têm autorização para começar a liberar os recursos iniciais para os primeiros socorros. E depois que as águas baixarem será feito, junto com o Governo Estadual, um projeto para recuperação do Estado.
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Balanço das operações
Tão logo teve conhecimento da tragédia, Lula esteve no Rio Grande do Sul por duas vezes, na semana passada e no último domingo (5). As operações de resgate e apoio humanitário estão sendo coordenadas por um escritório de monitoramento em Porto Alegre. O trabalho integrado abrange medidas de salvamento, mitigação e adaptação para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, bem como o fortalecimento dos sistemas de alerta.