Enquanto algumas faculdades dos EUA endurecem posição em relação aos manifestantes pró-Palestina, em Gaza elas são aplaudidas e o Irã oferece bolsa de estudo aos universitários expulsos.
Reuniões de pessoas no norte e centro de Gaza na quarta-feira (1º) expressaram gratidão aos estudantes nos campi universitários dos Estados Unidos que protestam contra a guerra em Gaza.
Em Deir al-Balah, em frente ao hospital dos Mártires de Al Aqsa, médicos, enfermeiros e funcionários seguravam cartazes com mensagens que diziam “Unidos contra o genocídio”, “A matança de crianças deve parar” e “Luta contínua pela justiça”.
O médico Saad Abu Sharban disse à CNN que estava “nas nuvens” com as imagens de manifestantes em outros países, porque isso significava “que em todo o mundo existem seres humanos que sabem o que está acontecendo aqui na Faixa de Gaza neste momento”.
Os palestinos em Gaza têm demonstrado apoio aos manifestantes dos EUA há vários dias. Em vários campos de refugiados no enclave palestino, na quarta-feira (1), crianças também puderam ser vistas segurando cartazes e faixas com os nomes de diferentes universidades americanas onde foram realizadas manifestações pró-Palestina, dizendo “obrigado pela sua solidariedade!”
Nadia Al-Dibs, uma mãe que os filhos seguravam cartazes atrás dela em Deir al-Balah, disse à CNN que se sentia grata aos “corajosos estudantes” das universidades americanas pela sua solidariedade com Gaza e por apelarem a um cessar-fogo.
“As populações árabes não se importaram conosco, enquanto os estudantes das universidades americanas se solidarizaram, sentiram o sangue que escorre de nós, nossos edifícios que foram atingidos e nossos filhos cujas vidas foram destruídas… agradeço mil vezes a eles”, disse ela.