Homens armados e encapuzados invadiram um acampamento estudantil na Universidade da Califórnia durante a madrugada.
Estudantes da Universidade da Califórnia (UCLA) relataram ter sido atacados dentro da instituição de ensino por “agressores sionistas” mascarados e armados com tábuas de madeira e spray de pimenta.
A agressão foi registrada pouco antes da meia-noite de terça-feira (30) em Los Angeles, em um acampamento dentro no campus organizado por alunos que protestam contra a ofensiva israelense na Palestina.
O ataque ocorre em meio a uma forte onda de manifestações pró-Palestina em dezenas de campi universitários nos Estados Unidos e após a polícia reprimir violentamente estudantes da Universidade de Columbia em Nova York.
Na UCLA, o jornal The Times relatou ter visto vítimas sagrando e necessitadas de atendimento médico. A organização Estudantes Por Justiça na Palestina (SJP na sigla em inglês) repudiou a violência.
“O ataque que ameaçou nossas vidas nesta noite foi um ato de terror horrível e desprezível. Por mais de sete horas, agressores sionistas lançaram bombas de gás, borrifaram spray de pimenta e dispararam fogos de artifício e tijolos em nosso acampamento”, declarou a SJP.
Em resposta à violência, a UCLA cancelou as aulas do dia e emitiu um comunicado à comunidade universitária, expressando preocupação com o bem-estar dos alunos e a segurança no campus.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, também condenou a violência e declarou que o direito à liberdade de expressão não se estende à incitação à violência e à ilegalidade no campus. Ele prometeu responsabilizar os agressores.
Presidente cubano presta solidariedade a manifestantes
Na madrugada de 1º de maio, a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, foi palco de forte repressão policial contra estudantes que protestavam contra o genocídio em Gaza e o financiamento dos EUA no conflito. Mais de 280 alunos foram presos.
A Universidade de Columbia, uma das mais tradicionais dos EUA, convocou a polícia contra seus próprios alunos pela segunda vez em duas semanas. A gestora da Universidade, Minouche Shafik, justificou ter acionado a polícia contra os alunos: “não tinha outra escolha”.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, manifestou solidariedade aos estudantes norte-americanos que protestam contra Israel.
“Toda a nossa solidariedade para com os estudantes dos Estados Unidos, que tomaram o partido da justiça, apoiaram a causa do povo palestiniano e são brutalmente reprimidos nos seus próprios campi universitários. Hoje nosso #1DeMayo também passa pela Palestina”, publicou Díaz-Canel.