Para João Cezar de Castro Rocha, é imperioso enfrentar Elon Musk e o avanço da extrema direita nas redes sociais.
O historiador e professor na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) João Cezar de Castro Rocha tem um trabalho árduo que ele mesmo se impôs: frequentar as comunidades da ultra direita nas redes sociais e ler os livros de Olavo de Carvalho e Edir Macedo.
Docente de literatura comparada, passou a vida lendo os clássicos. “Passar de Machado para Olavo de Carvalho é realmente doloroso”, registra. Com dois doutorados, o segundo deles na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, tornou-se um pesquisador da extrema direita nos últimos tempos.
“Quando comecei a escrever sobre o assunto eu desejava muito estar equivocado. Porque é muito assustador”, relata. “Publiquei no ano passado o meu último livro descrevendo a midiosfera extremista. Algumas pessoas disseram: ‘Não, isso é um exagero!’. Estamos vivendo agora o que eu escrevi”, adverte. Também é um estudioso das igrejas neopentecostais, que o Brasil importou dos Estados Unidos nas últimas décadas do século 20, e que desenvolvem o que chama de “teologia do domínio”.
O que você vai ler agora é uma versão reduzida da longa entrevista com João Cezar no podcast De Fato, do Brasil de Fato RS. Acompanhe. Vale cada linha.
*BdF