O presidente Lula se reuniu na terça-feira (23), no Palácio do Planalto, com representantes africanos para estreitar relações.
O primeiro encontro foi com a ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, que está no país pela retomada da Comissão Bilateral Brasil-África do Sul. Ela teve reunião em diferentes ministérios.
Para Lula, transmitiu os cumprimentos e uma carta do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. De acordo com o governo, Lula sugeriu que o presidente da África do Sul realize uma visita ao Brasil ainda antes da cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Neste contexto a proposta é para que Ramaphosa venha com uma comitiva de empresários. Conforme informado, “em 2023, o comércio bilateral entre os dois países totalizou US$ 2,21 bilhões, tendo as exportações brasileiras somado US$ 1,64 bilhão, e as importações, US$ 577,1 milhões.”
Na sequência Lula esteve com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina. Na reunião participou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Segundo o governo, Adesina também esteve em reunião com ministros, entre eles Carlos Fávaro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Nísia Trindade (Saúde). Na oportunidade elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS) e falou sobre os desafios nesta área para a África: “Vamos investir 3 bilhões de dólares para desenvolver capacidade de produção de fármacos. Hoje a África importa 80% dos medicamentos que consome”, disse ao ressaltar o auxílio do Brasil com tecnologia para o setor.
Na área da agricultura, ressaltou interesse na atuação da Embrapa pela transformação do Cerrado em área produtiva: “a savana africana é muito semelhante ao Cerrado”.
Adesina ainda parabenizou Lula pela Aliança Global contra a Fome, no âmbito do G20, e pelo presidente brasileiro tratar a África com prioridade:
“Obrigado por sempre colocar a África como uma prioridade. E seu discurso na Cúpula da União Africana demonstrou isso. Obrigado pelos esforços para que a União Africana fosse parte do G20 e parabenizo sua liderança por chamar a atenção do mundo para a necessidade de desenvolvimento, do combate à fome e à pobreza”, elogiou o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento.
Já Lula colocou o Brasil à disposição para o que o continente africano precisar: “Tudo o que estiver ao alcance do Brasil para colaborar com o desenvolvimento africano, em todas as áreas, nós vamos fazer”, afirmou, ao recordar iniciativas de cooperação e apoio ao continente africano realizadas em seus mandatos anteriores, como a produção de medicamentos antirretrovirais em Mocambique; a instalação de um escritório da Embrapa em Gana; a abertura de um escritório do SENAI em Angola; a criação da universidade aberta em Moçambique; e a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), no Brasil.
*Com informações Planalto.