Em conversa telefônica com seu homólogo iraniano, presidente russo tratou da crise no Oriente Médio e destacou necessidade de ‘moderação’ entre Tel Aviv e Teerã.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira (16/04) tanto a Israel quanto ao Irã para que exerçam “moderação”, uma vez que uma escalada de tensões entre ambas as partes poderá gerar “consequências catastróficas”.
As falas do líder russo foram feitas durante uma conversa telefônica com seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, na qual abordaram como tema principal a crise desencadeada no Oriente Médio.
“Putin expressou sua esperança de que todas as partes mostrem uma moderação razoável e evitem uma nova escalada que teria consequências catastróficas”, informou o comunicado divulgado pelo Kremlin.
A Rússia não condenou explicitamente a contraofensiva lançada pelo Irã contra Israel, no último sábado (13/04). A operação liderada por Teerã consistiu no disparo de mais de 300 foguetes, mísseis de cruzeiro e drones contra Tel Aviv no fim de semana, enquanto as autoridades israelenses obtiveram auxílio de suas defesas aliadas, conseguindo interceptar a maior parte dos ataques.
A ação esquentou o clima no Oriente Médio, já bastante abalado pelo conflito dos israelenses com os palestinos na Faixa de Gaza, que segue em curso mesmo após o apelo internacional para um cessar-fogo.
De acordo com Teerã, a ação foi realizada em “legítima defesa” após uma operação israelense direcionada à embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, no início de abril, que resultou na destruição da sede diplomática e na morte de mais de dez pessoas.
Nesse mesmo dia, a Rússia logo expressou seu repúdio aos bombardeios de Israel, classificando-os como “inaceitáveis” e convocou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança (CS) da ONU.
“Condenamos veementemente este ataque ao escritório consular iraniano na Síria. Consideramos categoricamente inaceitáveis quaisquer ataques às instalações diplomáticas e consulares, cuja inviolabilidade é garantida”, disse o comunicado do Kremlin.