O presidente Lula anunciou em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (10), a seleção de mais 112,5 mil moradias do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nas modalidades Rural, com mais 75 mil residências, e Entidades, com mais 37 mil. De acordo com o governo, o investimento total será de R$ 11,6 bilhões e vai atender mais de 440 mil pessoas com novas moradias. Com isso, as unidades superam em 140% a meta inicial proposta.
As famílias contempladas são de áreas “rurais e urbanas, de comunidades tradicionais como quilombolas e povos indígenas, famílias organizadas pelos movimentos de luta por moradia, com prioridade para grupos mais vulneráveis, como mulheres chefes de família e famílias de áreas de risco”.
A ampliação anunciada nesta quarta visa atender ao grande número de propostas apresentadas e alcançar a meta do presidente Lula de pela contratação de 2 milhões de novas moradias pelo programa até 2026.
Conforme indicou o Ministério das Cidades, o Minha Casa, Minha Vida Entidades teve 443 propostas selecionadas de 206 Entidades Organizadoras habilitadas, que são ligadas aos movimentos de luta por moradia. Já no MCMV Rural foram 2.105 propostas aprovadas, de 1.137 Entidades Organizadoras (movimentos de luta por moradia, organizações de agricultores e trabalhadores rurais e entes públicos locais).
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, destacou que as novas unidades construídas com as entidades apresentam excelente qualidade em comparação com as feitas por construtoras.
“Constatei em cada uma das inaugurações que as casas são maiores, os equipamentos são melhores. Elas têm até elevadores. Sou testemunha disso e tenho falado com cada um dos movimentos sobre a qualidade superior, quando feita pelas entidades”, ressaltou o ministro.
Por sua vez Lula se manifestou orgulhoso com a fala de Jader, por entender que o envolvimento pelas entidades, com o próprio morador fazendo a residência que irá morar, a qualidade fica superior.
O presidente ainda disse que na próxima semana deverá ser lançado um programa de crédito para ampliar a faixa de acesso para o Minha Casa, Minha Vida alcançar mais pessoas, além de um programa voltado para reformas de imóveis.
“Estou preocupado com as pessoas que ganham acima de dois ou três salários mínimos. Eles também são trabalhadores. Ganham R$ 4 ou R$ 5 mil e não têm casa. A gente faz casa para pobre e o rico tem financiamento. Mas não tem casa para quem ganha R$ 7 mil”, colocou ao mencionar a proposta que deverá ser anunciada.
Na ocasião estiveram representantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central de Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) e União Nacional por Moradia Popular (UNMP), entre outros.