Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, anunciou nesta quinta-feira, 4, que a Rússia se encontra em um “confronto direto” com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O pronunciamento ocorre no marco do 75º aniversário da aliança militar, predominantemente liderada pelos Estados Unidos.
Peskov argumentou que a OTAN está diretamente envolvida no conflito ucraniano e avança em direção às fronteiras russas, expandindo sua infraestrutura militar.
A Rússia, sob a liderança do presidente Vladimir Putin, expressa constante preocupação com a expansão da OTAN, especialmente com a inclusão de países do Leste Europeu e ex-membros do Pacto de Varsóvia, incluindo os Estados Bálticos que pertenciam à União Soviética.
Putin justificou a invasão russa à Ucrânia como uma medida para prevenir a aproximação da OTAN às fronteiras russas, uma ação que, paradoxalmente, resultou no fortalecimento e expansão da aliança com a adesão de Finlândia e Suécia, diz o Cafezinho.
Em contrapartida, a OTAN nega as alegações russas, afirmando que suas ações são estritamente defensivas e que as adesões dos países são decisões democráticas, refletindo o desejo de se afastar de décadas sob regimes comunistas.
A aliança defende que seu apoio à Ucrânia tem como objetivo único ajudar o país a preservar sua soberania diante da agressão russa, através do fornecimento de armas avançadas, treinamento e inteligência.
A OTAN argumenta que sua intervenção no conflito é uma resposta necessária à ofensiva russa, rejeitando a narrativa de envolvimento expansionista.