Salomão deverá pedir inclusão do caso na pauta de julgamentos da próxima sessão do CNJ, afirma Daniela Lima
O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), concluiu a correição extraordinária na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4, os principais palcos da Operação Lava Jato em primeira e segunda instâncias. Salomão deverá pedir inclusão do caso na pauta de julgamentos da próxima sessão do CNJ. As informações são da jornalista Daniela Lima, no G1.
A correição foi determinada por Salomão em maio de 2023, em virtude de uma série de reclamações apresentadas contra juízes e desembargadores que atuaram na Lava Jato. Quatro meses depois, em setembro daquele mesmo ano, o CNJ divulgou um relatório parcial sobre os trabalhos da correição, apontando para a “gestão caótica” de recursos bilionários, oriundos de multas aplicadas aos réus da Lava Jato em acordos de leniência e delação premiada fechados com o Ministério Público Federal.
À luz dos resultados preliminares da correição, Salomão determinou em setembro passado a abertura de PAD (processo administrativo disciplinar) contra Sergio Moro e Gabriela Hardt, que atuou como juíza substitua da 13ª Vara. Também entraram na mira do CNJ os desembargadores aliados de Sergio Moro: João Gebran Neto, Marcelo Malucelli e Loraci Flores, todos da 8ª turma do TRF-4.
“A avaliação que corre no CNJ é que houve um contágio indiscriminado da judicatura no Paraná. A conta tende a ser alta”, descreveu Daniela Lima em seu blog.
Marcelo Malucelli atropelou o Supremo Tribunal Federal e agiu para impedir o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, desafeto de Moro e Deltan Dallagnol. Em depoimento ao juiz Eduardo Appio, Tacla Duran acusou Moro e Dallagnol de “extorsão”. Pai do genro e sócio do casal Moro, o desembargador Malucelli foi o pivô do afastamento de Appio da 13ª Vara.
Salomão já alertou CNJ sobre gravidades descobertas correição
Em fevereiro passado, durante a retomada do julgamento de uma antiga representação disciplinar contra Gabriela Hardt, Salomão chegou a pedir o prazo de dois meses ao presidente do colegiado, Luís Roberto Barroso, para conseguir levar ao plenário os resultados da correição.
À luz dos resultados preliminares da correição, Salomão determinou em setembro passado a abertura de PAD (processo administrativo disciplinar) contra Sergio Moro e Gabriela Hardt, que atuou como juíza substitua da 13ª Vara. Também entraram na mira do CNJ os desembargadores aliados de Sergio Moro: João Gebran Neto, Marcelo Malucelli e Loraci Flores, todos da 8ª turma do TRF-4.
“A avaliação que corre no CNJ é que houve um contágio indiscriminado da judicatura no Paraná. A conta tende a ser alta”, descreveu Daniela Lima em seu blog.
Marcelo Malucelli atropelou o Supremo Tribunal Federal e agiu para impedir o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, desafeto de Moro e Deltan Dallagnol. Em depoimento ao juiz Eduardo Appio, Tacla Duran acusou Moro e Dallagnol de “extorsão”. Pai do genro e sócio do casal Moro, o desembargador Malucelli foi o pivô do afastamento de Appio da 13ª Vara.
Salomão já alertou CNJ sobre gravidades descobertas correição
Em fevereiro passado, durante a retomada do julgamento de uma antiga representação disciplinar contra Gabriela Hardt, Salomão chegou a pedir o prazo de dois meses ao presidente do colegiado, Luís Roberto Barroso, para conseguir levar ao plenário os resultados da correição.
O pedido foi feito na esteira do julgamento de uma representação disciplinar apresenta contra Gabriela Hardt pelo PT há mais de quatro anos, por conta da chamada Fundação Lava Jato.
Hardt homologou indevidamente o acordo inconstitucional que tornaria possível injetar R$ 5 bilhões (em valores atualizados) na instituição privada idealizada pela turma de Deltan Dallagnol com ajuda da Transparência Internacional Brasil. >>> Saiba mais: Hardt teve conversas informais e agiu com pressa no acordo da Fundação Lava Jato.
Entusiasta da Lava Jato, Barroso pediu “empatia” com Gabriela Hardt e defendeu que a juíza atuou dentro de suas atribuições, sem cometer nenhum crime comum. Para ele, a representação apresentada pelo PT há quatro anos deveria ser arquivada o quanto antes. Mas se isso acontecer, o PAD instaurado mais recentemente contra a juíza ficaria comprometido, alertou Salomão.
*GGN