Bombardeios israelenses matam 42 pessoas na Síria; massacre segue em Gaza com 71 mortos em 24h

Bombardeios israelenses matam 42 pessoas na Síria; massacre segue em Gaza com 71 mortos em 24h

Compartilhe

No campo diplomático, Irlanda apoia processo da África do Sul contra ‘genocídio’ de palestinos por Israel.

Ataques aéreos e de drones de Israel mataram ao menos 42 pessoas na província síria de Aleppo nesta sexta-feira (29), segundo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido.

Entre as vítimas, estariam soldados sírios, integrantes do grupo militante Hezbollah – apoiado pelo Irã – e civis.

Os ataques atingiram um depósito de mísseis do grupo, perto do aeroporto internacional de Aleppo, e uma cidade próxima que abriga uma instalação militar.

Segundo relatos, pelo menos 36 soldados sírios e seis combatentes do Hezbollah foram mortos nos ataques e dezenas de pessoas ficaram feridas. Não houve declaração imediata das autoridades israelenses. Israel lança frequentemente ataques contra alvos ligados ao Irã na Síria, mas raramente os reconhece.

“Pelo menos 36 soldados foram mortos e dezenas ficaram feridos”, disse o Hizbollah, que tem uma extensa rede de fontes na Síria. “Vale a pena notar que este é o maior número de mortes já registrado entre as forças do regime em um único ataque israelense em território sírio.”

Militares israelenses disseram que “não comentariam as reportagens da mídia estrangeira”. O país já lançou vários ataques na Síria desde o início da guerra civil no país em 2011 e tenta cortar rotas de abastecimento do Hezbollah para o Líbano.

Gaza

Ignorando a resolução aprovada no início da semana pelas Nações Unidas que pede cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, Israel mantém o ritmo do massacre, com o registro de 71 palestinos mortos e 122 feridos nas últimas 24h entre esta quinta e sexta-feira (29), segundo fontes locais.

Cerca de 15 pessoas morreram em bombardeio contra um centro esportivo na Cidade de Gaza. Houve bombardeio também em uma mesquita no campo de refugiados de Jabalia.

No campo diplomático, a relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanesa, elogiou o fato de a Irlanda se unir à África do Sul no caso de genocídio contra Israel em curso na Corte Internacional de Justiça.

“A Irlanda tem historicamente sido por princípio uma forte voz na questão palestina (enquanto outros países europeus perderam o rumo)”, escreveu ela no X (antigo Twitter). “Que ela [o país] prossiga em sua busca por justiça.”

*BdF

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: