No dia 10 de maio de 2018, Jungman declarou que a investigação do assassinato “está chegando na sua etapa final”. O próprio Braga Netto declarou o mesmo. Depois se calou para sempre.
- Marielle foi executada como maneira de desmoralizar a operação de Garantia de Lei e Ordem no Rio de Janeiro.
- O receio dos executores é que a GLO fosse uma parceria entre o general Villas Boas, Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal para uma eleição com Temer e sem Lula.
- Posteriormente, Villas Boas promove a aproximação entre Braga Neto e Bolsonaro. Quando Bolsonaro assume, entrega a Braga Neto seu mais forte Ministério – o da Casa Civil.
- Em troca, depois de ter anunciado ter chegado aos mandantes do crime, pouco mais de dois meses depois do assassinato, Braga Netto se cala.
Reportagem de O Globo de 5 de julho de 2018 confirma essa tese. “Interventor acerta com Temer ‘lei de silêncio’ sobre caso Marielle“.
Diz a matéria:
O interventor federal na segurança pública do Rio, general Walter Braga Netto, acertou com o presidente Michel Temer uma espécie de ordem do silêncio em relação às investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), diante da interpretação de que a verborragia do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prejudicou as investigações
Não apenas isso. Segundo a matéria, o repórter Vinicius Sassine apurou as informações “com integrantes do alto comando das Forças Armadas”.
Segundo a matéria;
As constantes falas de Jungmann sobre o caso Marielle, especialmente as afirmações sobre o afunilamento das investigações, que evidenciariam o envolvimento de integrantes de milícias no assassinato, incomodaram tanto o interventor federal quanto o secretário de Segurança Pública.
No dia 10 de maio de 2018, Jungman declarou que a investigação do assassinato “está chegando na sua etapa final”. O próprio Braga Netto declarou o mesmo. Depois se calou para sempre. Ou melhor, até que a estratégia de prender os irmãos Brazão resulte em uma nova delação mostrando o papel de Braga Netto nos acordos com os Bolsonaro.
*Luis Nassif/GGN