O clima no MPF é de celebração após o STJ determinar que Robinho deve cumprir no Brasil a pena de nove anos em regime fechado por estupro. O resultado do julgamento confirmou a expectativa de procuradores que acompanham de perto o caso e preveem que a Justiça expeça um mandado de prisão contra o ex-jogador até sexta – numa previsão mais otimista ainda nesta quinta-feira.
Diz um subprocurador que auxiliou a PGR no caso:
— A expectativa é que seja expedido o mandado de prisão para ser prontamente executado. Não sei se em razão do avançado da hora será hoje, mas certamente deve ser emitido e encaminhado para o juiz federal da execução penal da localidade, diz Lauro Jardim, O Globo.
Entre os que comemoraram está Hindemburgo Chateaubriand, o vice-PGR que participou da sessão de hoje. Segundo interlocutores, o número dois de Paulo Gonet se empenhou pessoalmente no caso. O parecer do órgão, encaminhado ainda no ano passado pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, a transferência da execução respeita a proibição de extraditar brasileiros natos ao mesmo tempo em que reforça o compromisso de cooperação jurídica assumido com a Itália.
Para subprocuradores ouvidos em caráter reservado, não fazia sentido exigir trânsito em julgado da decisão do STJ por já ter se esgotado na Justiça italiana.
A defesa de Robinho afirmou na saída do julgamento que irá recorrer. O advogado disse que a “primeira preocupação é suspender a ordem de prisão imediata”, mas ressaltou que Robinho “não vai se opor à Justiça”. A tendência é que os defensores do ex-jogador entrem com um recurso ao STF.