Em Ramallah, Mauro Vieira afirma que vai liderar iniciativas para o ingresso da Palestina na ONU

Em Ramallah, Mauro Vieira afirma que vai liderar iniciativas para o ingresso da Palestina na ONU

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Chanceler conversou com autoridades palestinas e criticou Israel e a comunidade internacional pela insuficiência de ajuda humanitária em Gaza.

Durante sua estadia em Ramallah, na Cisjordânia, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, fez uma análise das iniciativas brasileiras em apoio ao término das hostilidades em Gaza. Ele destacou o histórico apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado e prometeu liderar esforços para sua admissão como membro pleno da ONU.

Vieira aproveitou a ocasião para criticar tanto Israel quanto a comunidade internacional, apontando a insuficiência da ajuda humanitária desde o início do conflito atual.

Ao chegar em Ramallah no último domingo, Vieira participou da cerimônia de outorga do título de Membro Honorário do Conselho de Curadores da Fundação Yasser Arafat ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Recebendo a homenagem das mãos do primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh, Vieira destacou a importância do título para Lula, que sempre expressou seu respeito e admiração pelo presidente Yasser Arafat.

O chanceler também discutiu a situação do conflito e da crise humanitária em Gaza com autoridades palestinas, incluindo o presidente Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh. Eles conversaram sobre estratégias conjuntas para tornar a Palestina um membro pleno das Nações Unidas. Vieira também se encontrou com o chanceler palestino Riyad al-Maliki, discutindo a gravidade da situação humanitária na Faixa de Gaza e o papel de Lula na defesa dos palestinos.

Essa visita ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Israel, desencadeada após declarações do ex-presidente Lula comparando a ofensiva israelense em Gaza ao genocídio de judeus promovido pela Alemanha nazista. Em resposta, o premier israelense Netanyahu considerou as declarações de Lula como desonrosas à memória dos judeus.

Posteriormente, o chanceler israelense convidou o embaixador brasileiro em Israel para uma visita ao Museu do Holocausto, durante a qual anunciou que Lula era considerado persona non grata em Israel. O governo brasileiro, por sua vez, chamou de volta seu embaixador em Israel e convocou o representante diplomático israelense no Brasil para prestar esclarecimentos.

 

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