Apesar da gritaria do mercado financeiro, a Petrobras foi a quarta petroleira mais lucrativa do mundo em 2023, atingindo um lucro de US$24,9 bilhões. Entre as petroleiras estatais, a empresa brasileira foi a segunda mais produtiva, atrás apenas da saudita Saudi Aramco, que por sua vez ocupou a primeira colocação entre as empresas privadas e estatais.
A Petrobras divulgou na última quinta (7) seus resultados operacionais e, apesar do cenário global desafiador, registrou o segundo maior lucro líquido anual de sua história, seguindo como empresa sólida, lucrativa e com desempenho operacional robusto, segundo o Vermelho.
Os principais vetores do resultado positivo foram:
- a melhora do seu desempenho operacional, sobretudo, no upstream do pré-sal e em seu parque de refino;
- o maior volume de petróleo comercializado, em especial no exterior;
- a melhora no seu resultado financeiro;
- e, mais uma vez, sua preponderância no mercado nacional
Mesmo em um cenário marcado por disputas comerciais e conflitos geopolíticos, que influenciaram negativamente a demanda e preços do petróleo, a Petrobras demonstrou resiliência operacional e reafirmou sua capacidade de geração de caixa.
Tamanha competitividade colocou a companhia brasileira no quarto lugar das empresas mais lucrativas do setor, atrás apenas da Saudi Aramco (US$121,3 bilhões), Exxon Mobil (US$36 bilhões) e Shell (US$28,3 bilhões). Veja a lista com as 10 maiores petroleiras do mundo:
Saudi Aramco (Arábia Saudita) US$121,3 bilhões
Exxon Mobil (EUA) US$36 bilhões
Shell (Reino Unido) US$28,3 bilhões
Petrobras (Brasil) US$24,9 bilhões
Chevron (EUA) US$21,4 bilhões
Total Energies (França) US$21,4 bilhões
BP (Reino Unido) US$13,8 bilhões
Eni (Itália) US$5,1 bilhões
Repsol (Espanha) US$3,5 bilhões
Apesar de ter sido mais um ano em que as grandes petroleiras reportaram lucros, os rendimentos de 9 das 10 empresas que já divulgaram seus resultados consolidados de 2023 caíram ante 2022. Apenas a francesa TotalEnergies aumentou sua lucratividade em comparação ao ano anterior.
Essa redução nos lucros é explicada pela queda de 18% no preço do barril de petróleo no período e pelo aumento nos investimentos das petroleiras, principalmente na transição energética.
Ainda com a queda dos lucros, a Petrobras foi a petroleira que mais pagou dividendos aos acionistas em 2023 quando comparado com outras cinco grandes companhias do setor: Chevron, BP, Total, Shell e Exxon Mobil, segundo levantamento da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET).
Enquanto a Petrobras pagou US$ 20,28 bilhões, a segunda colocada, que foi a Exxon, pagou U$S 14,95 bilhões em dividendos.
“Em 2023, a Petrobras, apesar de ter a menor receita entre as seis empresas, pagou o maior montante em dividendos. Além disso, foi a petrolífera que realizou o menor investimento líquido”, afirmou o presidente da AEPET, Felipe Coutinho.