Pesquisa realizada pelo Infojobs e divulgada pelo G1 revela que oito em cada dez mulheres vivem dupla jornada de trabalho com afazeres domésticos e cuidados. De acordo com o levantamento, 45% não contam com rede de apoio ou ajuda de parceiros.
A pesquisa foi feita entre fevereiro e março deste ano, com a participação de 742 pessoas que se identificam com o gênero feminino, de 18 a 60 anos.
O levantamento ainda verificou situações de assédio e desigualdade salarial. O Infojobs diz que, apesar da evolução em comparação a 2023 (78%), sete em cada 10 mulheres ainda acreditam que já perderam alguma oportunidade de emprego apenas por causa do seu gênero.
Nesse cenário, 58% também dizem que já enfrentaram situações invasivas ou subjetivas durante um processo seletivo, com perguntas ou situações cujo foco não era apenas suas habilidades profissionais.
Presença de mulheres melhora resultados, mas equidade de gênero nas empresas ainda está distante, dizem especialistas
Ao menos 77% das participantes inseridas no “mercado de trabalho acreditam que homens e mulheres não possuem as mesmas oportunidades de crescimento dentro das empresas, sendo que pelo menos 80% das respondentes nunca trabalharam em uma empresa com programas voltados para a contratação ou o desenvolvimento das mulheres”.
Entre as respostas dadas pelas mulheres sobre os principais desafios enfrentados no mercado de trabalho estão: 69% já passaram por uma situação no mercado em que sua credibilidade foi questionada apenas por serem mulheres; 42% nunca trabalharam respondendo a uma mulher na alta gestão; e 60% nunca tiveram empregos em lugares com uma quantidade maior de mulheres na liderança do que de homens.
Além disso, 78% também acreditam que normalmente é necessário que uma mulher precise mostrar mais qualificações para assumir cargos de liderança do que os homens.