O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai abrir, este mês, um crédito extraordinário superior a R$ 1 bilhão para as despesas do “trabalho urgente e estruturante” da Casa de Governo, que foi instalada em Boa Vista (RR) para garantir proteção às etnias Yanomami e Ye’kwana.
Depois do retorno do garimpo nas terras indígenas e a volta da desnutrição, Lula determinou a presença massiva do Estado no território para dar segurança, proteção e retomada da vida dos mais de 27 mil indígenas.
O Ministério dos Povos Indígenas informa que em menos de dez dias da implantação da Casa o trabalho entre os ministérios envolvidos na assistência aos indígenas ganha nova dinâmica com a centralização dos esforços.
Na última semana, uma missão de servidores dos ministérios da Casa Civil, Gestão e Inovação, Povos Indígenas, Defesa e Justiça visitou o Polo Base de Saúde em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, e o Pelotão Especial de Fronteira (PEF), diz o Vermelho.
No local, foram entregues 428 cestas básicas e realizados atendimentos em saúde de centenas de indígenas.
“A partir da Casa de Governo, temos um monitoramento mais detalhado e percepção mais apurada do que precisa ser feito”, afirmou a secretária adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Júlia Rodrigues.
Ela esteve na cerimônia de instalação da Casa de Governo e também na missão presencial à terra indígena.
“Antes, a Casa Civil reunia as informações obtidas de diferentes equipes, agora, já podemos perceber a unidade e a centralidade de informações, tão necessárias para o compromisso de mudanças que o governo federal tem”, explicou Júlia.
Os trabalhos estão sendo organizados em três frentes de atuação que vão ser fortalecidas a partir do avanço das ações de segurança e combate aos ilícitos ambientais: Eixo Saúde; Eixo Segurança Alimentar e Eixo Étnico Ambiental.
“Estabelecemos o cronograma de ações conjuntas numa linha direta entre todas as equipes do governo federal, em Brasília e no local, a partir da coordenação da Casa de Governo. As iniciativas traçadas devem ocorrer em simultâneo”, antecipou a secretária adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Débora Beserra.