Para investigadores, alvos perderam oportunidade de se defenderem.
Os investigadores da Polícia Federal não ficaram satisfeitos com os interrogatórios dos sete investigados que decidiram falar no inquérito que apura a tentativa de um golpe de Estado.
A avaliação dos agentes e delegados é que, aqueles que responderam às perguntas, mentiram, buscaram se justificar e não contribuíram em nada na investigação. Nesta lista estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Anderson Torres. O primeiro falou por cerca de três horas e o segundo, por cerca de cinco horas. Os depoimentos de ambos foram descritos como “evasivos” e “sem dados a acrescentar”.
Outro ponto destacado é que este era um momento que poderia ter sido usado para os alvos se defenderem, mas eles “perderam a oportunidade”. Dos 23 intimados para o interrogatório desta quinta-feira, sete falaram.
Além de Bolsonaro, ficaram em silêncio militares de alta patente, como os generais Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.