Considerada o “calcanhar de aquiles” de Lewandowski, a área de Segurança Pública era uma das críticas para a sua nomeação no Ministério da Justiça.
O novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, teve a sua primeira “prova de fogo” nas últimas 24 horas, com a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Considerada o “calcanhar de aquiles” de Lewandowski, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal com currículo que fala por si só na Justiça, a área de Segurança Pública era um dos receios e alvos de críticas para a sua nomeação no Ministério.
A rápida atuação na fuga dos detentos de Lewandowski, que está a menos de duas semanas no comando do Ministério, indica ter respondido aos anseios para o setor.
O GGN compilou qual foi o passo-a-passo da atuação de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça, em menos de 24h da fuga dos presos em Mossoró. Confira:
- A fuga foi divulgada na manhã desta quarta-feira (14). Imediatamente após tomar conhecimento, para localizar os fugitivos, o ministro acionou as secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte.
- Com o pedido, a pasta estadual, por sua vez, acionou as secretarias de Segurança Pública de outros dois estados na divisa: do Ceará e da Paraíba, que posicionaram equipes de segurança nas fronteiras para evitar as fugas do estado.
- Nas horas seguintes, o Ministério enviava uma comitiva a Mossoró, comandada pelo secretário nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, juntamente com outros 5 servidores, que pousavam em Natal ainda no começo da tarde.
- Paralelamente, o ministro da Justiça também acionou a Polícia Federal, determinando a abertura de um inquérito para investigar a fuga, e mobilizou as forças policiais, incluindo as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), agentes federais e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a localização dos fugitivos.
- Lewandowski ainda pediu a inclusão do nomes deles no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras, em caso de tentativa de fuga exterior.
- Em Mossoró, os representantes da pasta avaliaram o cenário da Penitenciária Federal e ainda na noite desta quarta (14), o ministro Ricardo Lewandowski determinou o afastamento imediato de toda a equipe de direção da penitenciária.
- No lugar, nomeou como interventor o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires, que é o atual coordenador-geral de Classificação e Remoção de Presos da Secretaria, em Brasília, e já foi diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná.
- Também no mesmo dia, Lewandowski determinou uma revisão nos protocolos de segurança de todas as 5 penitenciárias federais do país.
*GGN