Países que não consultaram Demétrio Magnolli, Carlos Alberto Sardenberg, Mirian Leitão, Mônica Valdwogel para montar suas políticas industriais.
Vamos a alguns países que, inadvertidamente, não consultaram Demétrio Magnolli, Carlos Alberto Sardenberg, Mirian Leitão, Mônica Valdwogel para montar suas políticas industriais.
- Japão: O Japão usou subsídios e proteção da indústria para se tornar uma potência industrial após a Segunda Guerra Mundial. O governo japonês forneceu subsídios às empresas manufatureiras para ajudar a compensar os custos iniciais de investimento e produção. O governo também impôs tarifas alfandegárias sobre as importações de produtos manufaturados estrangeiros, o que ajudou a proteger as indústrias domésticas da concorrência estrangeira.
- Coreia do Sul: A Coreia do Sul usou subsídios e proteção da indústria para se tornar uma potência industrial nas décadas de 1960 e 1970. O governo sul-coreano forneceu subsídios às empresas manufatureiras e impôs tarifas alfandegárias sobre as importações de produtos manufaturados estrangeiros. O governo sul-coreano também investiu em infraestrutura, como estradas, canais e ferrovias, o que facilitou o transporte de mercadorias e pessoas.
- Cingapura: Cingapura usou subsídios e proteção da indústria para se tornar um centro financeiro e industrial global. O governo de Cingapura forneceu subsídios às empresas manufatureiras e impôs tarifas alfandegárias sobre as importações de produtos manufaturados estrangeiros. O governo de Cingapura também investiu em educação e treinamento, o que ajudou a criar uma força de trabalho qualificada.
- China: A China usou subsídios e proteção da indústria para se tornar uma potência industrial nas últimas décadas. O governo chinês forneceu subsídios às empresas manufatureiras e impôs tarifas alfandegárias sobre as importações de produtos manufaturados estrangeiros. O governo chinês também investiu em infraestrutura, como estradas, canais e ferrovias, o que facilitou o transporte de mercadorias e pessoas.
Apesar de história ser coisa “velha” – como pensa o notável cientista Joel Pinheiro da Fonseca – é bom relembrar um pouco e tirar algumas lições.
O caso americano
Alexander Hamilton, o primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos, foi um dos principais defensores da industrialização do país. Hamilton acreditava que a industrialização era essencial para o crescimento econômico e a segurança nacional dos Estados Unidos.
Em seu Relatório sobre Manufaturas, publicado em 1791, Hamilton argumentou que os Estados Unidos deveriam promover a industrialização por meio de uma série de políticas governamentais, incluindo:
Subsídios à indústria: Hamilton acreditava que o governo deveria conceder subsídios às empresas manufatureiras para ajudar a compensar os custos iniciais de investimento e produção.
Tarifas alfandegárias: Hamilton também acreditava que o governo deveria impor tarifas alfandegárias sobre as importações de produtos manufaturados estrangeiros. Isso ajudaria a proteger as indústrias domésticas da concorrência estrangeira e incentivaria a produção doméstica.
As políticas de Hamilton tiveram um impacto significativo na industrialização dos Estados Unidos. No início do século XIX, os Estados Unidos começaram a se tornar um importante produtor de manufaturados. A indústria têxtil, em particular, cresceu rapidamente, com a construção de fábricas em todo o país.
Hamilton também é creditado com a criação do Banco dos Estados Unidos, que forneceu financiamento para o desenvolvimento de empresas manufatureiras. O Banco dos Estados Unidos também ajudou a promover a estabilidade econômica, o que foi importante para o crescimento da indústria.
*Luis Nassif/GGN