Além do deputado federal, nove pessoas aparecem em manifestação da PGR e foram alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria.
Os investigados na 24ª fase da Operação Lesa Pátria atuaram em bloqueios de rodovias após as eleições de 2022. Representação da Polícia Federal que levou às buscas e apreensões traz indícios de que, além do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), nove indivíduos atuaram ativamente para planejar, financiar e incitar os bloqueios no trânsito ocorridos após o resultado do pleito e os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023.
O documento subscrito pelo delegado de Polícia Federal Vinícius Barancelli, que levou à aprovação de mandados de busca e apreensão domiciliar contra 10 pessoas, mostra que o início das apurações se deu com bloqueios de rodovias, além dos acampamentos nos arredores de quartéis das Forças Armadas, segundo o Metrópoles.
Em 1º de novembro de 2022, dois dias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), foi confirmado bloqueio na BR-101, Km 70. As lideranças, segundo a PF, seriam um homem com codinome “Jorjão” e uma mulher não identificada. “Além de organizarem o evento, ambos estariam providenciando insumos alimentícios aos manifestantes”, detalhou a autoridade policial.
Liderança
Eles também atuaram em outra manifestação, em frente ao Batalhão do Exército em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Foi identificado que “Jorjão” era Jorge Luiz Garcia, que, juntamente com Daniel Pessanha Batista, seriam organizadores dos bloqueios na BR-101.
Pessanha convocou por meio de suas redes sociais e postou vídeos, que, segundo a PF, “denotaram sua liderança nas manifestações antidemocráticas, consubstanciada em golpe de Estado por intervenção das Forças Armadas”.
om esses elementos, foi aberto o inquérito para investigar materialidade e autoria dos bloqueios das rodovias.
Dados de telefonia móvel
Após esses primeiros indícios, foram oficiadas as operadoras de telefonia móvel para que fornecessem os dados cadastrais e os números dos terminais telefônicos de Jorjão, Pessanha e uma terceira pessoa: Vera Lúcia Graciano.
Nos dias posteriores, a polícia recebeu informações a respeito de outros envolvidos. Foram identificados como participantes dos movimentos Roberto Henrique de Souza Júnior; Carlos Victor de Carvalho, o CVC; e Elizângela Cunha Pimentel Braga. Entre eles, CVC era investigado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.