Registro de novas armas chega ao menor número em 20 anos; 93% estão em nome de homens

Registro de novas armas chega ao menor número em 20 anos; 93% estão em nome de homens

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Maioria dos cadastros são de pistolas 9 mm, que voltaram a ser de uso restrito após decreto do presidente Lula.

O Brasil teve o menor número de novos registros de armas de fogo para a população civil dos últimos dez anos. Segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), que é controlado pela Polícia Federal, foram 20.822 novos cadastros em 2023 – mais de 80% a menos do que o total registrado em 2022 (114 mil), 2021 (165 mil) e 2020 (131 mil).

Na série histórica, o número de registros em 2023 só superou o de 2004 em diante.

Esses dados computados pela PF não levam em conta as estatísticas de caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs, que também tiveram recordes de cadastros durante a política armamentista do governo Bolsonaro.

A diminuição vai em linha com a política adotada pela presidente Luiz Inácio Lula da Silva de diminuir a circulação de armas nas mãos dos cidadãos. As requisições de arma de fogo feitas à PF exigem uma declaração de “efetiva necessidade” e são dadas para a defesa pessoal do cidadão.

A maioria das pessoas autorizadas a ter armas pela PF está em nome de homens (93%) e a preferência deles é por pistolas 9 mm, que voltaram a ser de uso restrito após decreto baixado em julho do ano passado.

Os novos registros de CACs, por sua vez, estavam suspensos por um decreto do presidente Lula desde 1 de janeiro de 2023. Os cadastros passaram a ser permitidos a partir de 27 de dezembro, quando foi publicada uma portaria pelo Exército com as novas regras instituídas pelo governo.

Entre as mudanças, está o período de validade dos registros, os CRs, que de 10 passou para três anos. O Brasil chegou computar em 2023 mais de 800 mil registros de CACs.

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