Presidente não escapou a comparações com o líder ucraniano ao aparecer vestido com casaco camuflado diante de crise neste domingo; apoiadores defenderam escolha da roupa.
O presidente da Argentina, Javier Milei, viajou, neste domingo, à cidade de Bahía Blanca, ao sul de Buenos Aires, uma das áreas mais afetadas pela tempestade que atingiu a região neste fim de semana. Embora a visita à cidade, onde treze pessoas morreram no sábado, estivesse prevista na agenda de Milei, o que acabou chamando a atenção do público neste domingo foi o traje escolhido pelo presidente para o evento público: um casaco camuflado militar, diz O Globo.
Tão pouco as imagens da reunião de Miliei com autoridades de Bahía Blanca começaram a ser publicadas, começaram a surgir nas redes sociais comparações entre o visual do presidente argentino em meio à crise e a imagem do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que se notabilizou por utilizar trajes militares durante suas aparições públicas após o início da invasão russa.
“O desejo de Milei de ser Zelensky”, escreveu um usuário, publicando uma imagem do presidente sentado em uma mesa com autoridades federais e municipais. “É a jaqueta que o presenteou Zelensky”, disse outro usuário.
Apoiadores de Milei tentaram justificar a escolha do traje militar utilizado pelo presidente. “O Presidente da Nação Argentina é, por sua vez, o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, e uma de suas funções é responder a emergências por desastres naturais. Não é mau que o ministro da Defesa e o presidente usem uniformes militares”, defendeu um outro internauta.
Milei embarcou para Bahía Blanca pouco depois do meio-dia deste domingo, após uma reunião de crise com o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, e o intendente de Bahía Blanca, Federico Susbielles, em meio a uma breve reformulação no segundo escalão de seu Gabinete.
Neste fim de semana, renunciaram dois funcionários da área de comunicação do novo governo argentino. No sábado, o ex-subsecretario de Meios, Eduardo Roust, comunicou sua saída do governo “por motivos pessoais”. Neste domingo, o ex-diretor de Imprensa, Juan Caruso, informou que é impossível “nestas circunstâncias” continuar no cargo, sem dar mais detalhes.