Após o Conselho de Segurança da ONU, enfim, aprovar uma resolução pedindo “pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza”, autoridades israelenses afirmaram que irão rejeitar as deliberações do órgão e, portanto, Israel continuará a promover o genocídio em curso contra a população da Palestina.
De acordo com informações do colunista Jamil Chade, do Uol, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução do Conselho de Segurança está “desvinculada da realidade”
“A estratégia do Hamas é deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas para fazer com que a ONU e o Conselho de Segurança detenham Israel. Isso não acontecerá. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos”, alegou o embaixador israelense.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel também se manifestou, dizendo que “não há lugar para as medidas propostas enquanto os reféns estiverem sendo mantidos pelo Hamas”.
A resolução em questão foi proposta por Malta e aprovada por 12 dos 15 países do Conselho – sendo que apenas EUA, Reino Unido e Rússia se abstiveram. O texto cobra as pausas humanitárias “por um número suficiente de dias para permitir, de acordo com o direito humanitário internacional, o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem impedimentos para as agências humanitárias das Nações Unidas”.
Além disso, a resolução pede a libertação incondicional de reféns pelo grupo palestino Hamas, bem como por outros grupos, e exige que todas as partes cumpram suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional, especialmente no que diz respeito à proteção de civis, especialmente crianças, diz o 247.