O Parlamento espanhol realizou nesta quarta-feira (15/11) a sessão de investidura de Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário da Espanha (PSOE), para seu segundo mandato como primeiro-ministro do país ibérico. A cerimônia consiste na apresentação do novo programa de governo do político, que está no cargo desde 2018, e que precisará ser aprovado pelos votos favoráveis de ao menos 176 deputados para conquistar definitivamente seu novo período.
O discurso no qual Sánchez expôs suas propostas contou com um elemento adicional àqueles já esperados, que foi a promessa de que a Espanha trabalhará pela criação do Estado palestino.
“Este novo mandato rechaça o assassinato indiscriminado de palestinos em Gaza e na Cisjordânia, exige um cessar-fogo imediato em Gaza, o fim dos bombardeios e a imediata permissão para a entrada de equipes que podem atender às necessidades humanitárias do povo palestino”, afirmou o líder socialista espanhol.
Sánchez também disse que pretende “abrir o caminho para a diplomacia através da realização de uma conferência de paz de forma urgente, na qual defenderemos a solução justa de dois Estados, que o povo palestino exige há muito tempo e que contará com o nosso compromisso de ampliar os esforços para que a Europa e a comunidade internacional tornem esse projeto realidade”.
O líder espanhol finalizou sua abordagem ao tema dizendo que “a Espanha ajuda a Ucrânia contra um país agressivo como a Rússia de (Vladimir) Putin, por violar claramente o direito internacional, e por isso também exige de Israel, que age com a mesma determinação e que hoje claramente não respeita os direitos humanos, um cessar-fogo imediato em Gaza e estrito cumprimento das normas internacionais de ajuda humanitária”.
A votação para validar a investidura de Sánchez como Premiê deve acontecer nesta mesma quarta-feira, ou, no mais tardar, nesta quinta-feira (16/11).
Anistia
A nível local, porém, o tema mais importante do discurso de Sánchez foi a promessa de anistia aos líderes de regionalistas da Catalunha, que foram condenados em 2018 por participar do movimento que tentou promover um plebiscito de independência da região no ano anterior – nove deles se encontram presos atualmente, enquanto outros dois estão exilados, incluindo o então governador catalão Carles Puigdemont, que vive atualmente na Bélgica.