Os chefes de 18 agências das Nações Unidas e grandes organizações de ajuda emitiram uma rara declaração conjunta no domingo, apelando a um “cessar-fogo humanitário imediato” em Israel e nos territórios palestinos.
“Já se passaram 30 dias. Já é suficiente. Isto deve parar agora”, afirma a declaração, assinada pelos chefes da Organização Mundial da Saúde, Unicef, CARE International, Save the Children, Programa Alimentar Mundial e Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), entre outros, segundo a CNN.
Os signatários qualificaram o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel, que matou mais de 1.400 pessoas e deslocou dezenas de milhares, de “horrível” e também disseram que o assassinato de civis na Faixa de Gaza foi um “ultraje”.
Mais de 9.700 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses em Gaza desde o início do conflito, segundo as autoridades de saúde palestinas em Ramallah, utilizando dados extraídos de fontes médicas do território controlado pelo Hamas.
“Toda uma população está sitiada e sob ataque, sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência, bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável”, disse o comunicado.
Os autores também destacaram o preço que o conflito teve sobre os trabalhadores humanitários. “Dezenas de trabalhadores humanitários foram mortos desde 7 de outubro, incluindo 88 colegas da UNRWA – o maior número de vítimas mortais das Nações Unidas alguma vez registado num único conflito”, refere o comunicado.