‘Este é só o primeiro’: Dia de Solidariedade ao Povo Palestino mobiliza mais de 100 cidades no mundo

‘Este é só o primeiro’: Dia de Solidariedade ao Povo Palestino mobiliza mais de 100 cidades no mundo

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Iniciativa internacional vem sendo organizada por 11 entidades sociais, através da 3ª Conferência Internacional Dilemas da Humanidade, em protesto contra os ataques de Israel a Gaza.

O próximo sábado (04/11) será marcado como o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino. Diante dos ataques incessantes de Israel contra a Faixa de Gaza, mais de 100 cidades do mundo quebram o silêncio e se colocam na obrigação de sair às ruas em apoio à liberdade dos palestinos.

São Paulo, Washington, Buenos Aires, Dublin, Londres, Paris e Berlin são algumas das cidades que irão aderir à mobilização internacional e vão protestar contra os abusos cometidos pelas forças israelenses no conflito que já chega ao seu 26º dia nesta quarta-feira (01/11).

“Uma punição coletiva” foi como as equipes humanitárias das Nações Unidas em Gaza classificaram o cenário na região, diante da morte diária de 420 crianças palestinas pelos ataques incessantes de Israel sob pretexto de querer “eliminar o Hamas”.

A insistência de alguns países em rejeitar as propostas de cessar-fogo e o avanço da ofensiva de Israel que tem provocado uma série de mortes indesejadas foram debatidos em Johanesburgo, durante a 3ª Conferência Internacional Dilemas da Humanidade, organizada por 11 entidades: UMSA, Socialist Movement Ghana, Abahlali Base Mjondolo, Workers Democratic Way, Alba Movimientos, MST, Tricontinental Institute for Social Research, The People’s Forum, Portere Al Popolo e International People’s Assembly.

Delegados que se reuniram na África do Sul declararam o cenário como uma “guerra cruel de extermínio com o apoio descarado do imperialismo norte-americano e de seus aliados na Europa”, e condenaram as condutas de Israel sobre a Faixa de Gaza, descrevendo-as como “crimes contra a humanidade”:

“Nós nos posicionamos contra a criminalização e a desumanização do povo palestino e defendemos seu direito de resistir. Rejeitamos a campanha de desinformação fabricada por Israel e seus aliados para fomentar o preconceito, espalhar o ódio e justificar as agressões contra o povo palestino. A luta pela autodeterminação, pela soberania e pela defesa da dignidade humana não devem ser rotuladas de ‘terrorismo’. Além disso, denunciamos e rejeitamos firmemente a criminalização da solidariedade com a Palestina por parte das nações-Estado que apoiam o sionismo”, ressaltaram as entidades responsáveis pela Conferência, em comunicado

“Não é pelo cessar-fogo apenas. É pelo fim da ocupação”, declarou a Opera Mundi Stephanie Brito, da Secretaria da Assembleia Internacional dos Povos, uma das entidades do comitê organizador da conferência, que mobilizou os países para os protestos neste sábado contra os ataques de Israel.

Uma das manifestações pelo Brasil que está oficializada é a de São Paulo, prevista para às 14h na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos pontos que vem concentrando atos e protestos semanalmente.

“É um processo de limpeza étnica. Para colapsar a sociedade, para colapsar o sistema de reprodução, provocam a morte em escala industrial de mulheres e crianças. Queremos dar uma resolução definitiva para a Palestina: a restauração integral de todos os direitos nacionais, civis e humanitários do povo palestino, o fim do bloqueio a Gaza, o fim da colonização, a retirada de todos os colonos, o fim do apartheid e o retorno de todos os refugiados palestinos. E que o Brasil continue analisando a possibilidade de romper as relações diplomáticas com Israel de um Estado que promove genocídio”, disse.

“Precisamos enfrentar a manipulação dos grandes veículos de comunicação, principalmente no Ocidente, que saíram de um modo de propaganda de guerra para justificar o extermínio do povo palestino num primeiro momento, e depois passaram a midiatizar o genocídio a partir da transmissão ao vivo”, declarou ele à reportagem, segundo o Opera Mundi.

“Serão muitos dias de luta internacional até terminar a guerra”
As forças israelenses já provocaram a morte de quase nove mil palestinos na Faixa de Gaza, incluindo idosos, crianças e mulheres. As residências continuam sendo bombardeadas, além de instalações de serviços como hospitais, escolas, redes de água e eletricidade, que são infraestruturas necessárias para a manutenção da vida.

Até que os palestinos usufruam dos direitos da vida, libertação, independência e pelo retorno à sua terra, a Assembleia Internacional dos Povos garante que o ‘4 de novembro’ não será a única data para a mobilização global:

“Vamos convocar muitos dias de luta internacional até terminar a guerra. Este é só o primeiro”, afirmou Brito, da Assembleia Internacional dos Povos.

 

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