Forças Armadas de Israel afirmam não poder garantir a segurança de jornalistas atuantes na região.
Os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza seguem ocorrendo neste sábado, após os ataques noturnos desta sexta-feira. As operações recentes realizadas durante à noite, que deixaram os profissionais de saúde da região em estado de alerta, já destruíram mais de cem edifícios. Fontes médicas ouvidas pela AFP temem um grande número de vítimas e danos significativos à população. Um jornalista da agência francesa afirmou ainda que explosões esporádicas continuaram sendo ouvidas pela manhã, segundo O Globo.
A intensidade dos bombardeios aéreos e da artilharia diminuiu em relação à sexta, indicou um repórter da AFP presente em Gaza. Uma neblina intensa cobre áreas inteiras do norte da cidade, disse outro membro da equipe, situado em Ashkelon, sul de Israel, a menos de 10 km da fronteira com o enclave palestino. Os intensos e incessantes bombardeios realizados pelo exército israelense durante a noite abalaram as janelas e o solo de Ashkelon até as 04h no fuso local (23h de sexta, no horário de Brasília).
Fumaça e um cheiro pungente de queimado pairavam sob o ar ao amanhecer, tanto em Ashkelon como em Sderot, a um quilômetro da fronteira com a Faixa de Gaza, indicaram os correspondentes da agência. Os aviões de combate continuaram a voar em baixa altitude e explosões de projéteis disparados pelos israelenses eram ouvidas regularmente em ambos os locais, acrescentaram.
Em meio a esse cenário, o o serviço de proteção civil do território governado pelo Hamas informou que “centenas de edifícios e casas foram completamente destruídos e milhares de casas foram danificadas”. A porta-voz do órgão, Mahmoud Bassal, acrescentou ainda que os bombardeios noturnos “mudaram a paisagem” no norte de Gaza.
Nesta sexta-feira, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que não podem garantir a segurança de jornalistas atuantes na Faixa de Gaza. Em comunicado enviado às agências de notícias AFP e Reuters, as IDF informaram ter “como alvo todas as atividades militares do Hamas em Gaza”.