Os bolsonaristas escolhem perder mais uma, desta vez na Argentina

Os bolsonaristas escolhem perder mais uma, desta vez na Argentina

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Balada para Los locos

Admirável o esforço de última hora dos bolsonaristas notáveis e da sua aguerrida tropa de choque para eleger presidente da Argentina no primeiro turno o ultraliberal populista Javier Milei, que se orgulha de ser conhecido como o “El loco”.

Sim, porque só um louco defenderia a dolarização da economia, o fechamento do Banco Central, o corte de gastos sociais com Saúde e Educação, a venda de órgãos humanos e o rompimento de relações com a China e o Vaticano do papa Francisco.

Sem falar das frases polêmicas que Milei dispara para chamar a atenção (lembra alguém?):

O Mickey Mouse é a aspiração do político argentino porque é uma ratazana nojenta que todo mundo ama”.

“Minha primeira propriedade é o meu corpo. Por que não vou dispor do meu corpo?”

“Não vim guiar cordeiros, vim despertar leões.”

“O aquecimento global é uma mentira.”

No meu governo, não haverá marxismo cultural e não pedirei perdão por ter pênis”.

Por obra e graça dos bolsonaristas, o nome de Milei figurou no domingo entre os assuntos mais comentados do X (ex-Twitter). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que viajou à Argentina para acompanhar a apuração dos votos, escreveu:

“Façam o que fizerem, não vão parar Milei, ele é um fenômeno. Um prazer estar bem acompanhado na terra dos irmãos!”.

Entre os hermanos, Eduardo não teve sorte. Sua entrevista a um canal de TV foi tirada do ar quando ele começou a defender a posse de armas para todo mundo. Por sinal, essa é uma proposta da campanha de Milei. Eduardo é lobista de fábricas de armas.

Ex-ministro da Justiça e senador pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), ameaçado de perder o mandato porque gastou além do que podia, postou horas antes de conhecer o resultado do primeiro turno da eleição argentina:

“As primárias na Venezuela devem consagrar María Corina Machado como a candidata presidencial de oposição a Maduro em 2024. E na Argentina, com Milei ou Bullrich, as eleições presidenciais representam a oportunidade para o adiós ao kirchnerismo”.

*Blog do Noblat

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