Os Estados Unidos vetaram a proposta brasileira ao Conselho de Segurança da ONU.
O texto condenava os ataques terroristas do Hamas, cobrava a libertação de todos os reféns e pedia “pausas humanitárias” nos bombardeiros de Israel em Gaza.
A resolução brasileira teve 12 votos favoráveis, duas abstenções e apenas um voto contrário: o dos EUA. Foi o suficiente para impedir sua aprovação.
Ao justificar o veto, a embaixadora americana da ONU criticou a ausência de menção ao “direito de defesa de Israel”. Na prática, isso equivaleria a reconhecer um “direito de ataque” a Gaza, onde extremistas do Hamas estão misturados à população civil.
O veto desta quarta-feira reforça a política de alinhamento incondicional da Casa Branca a Israel. O presidente Joe Biden, que está em Tel Aviv, repete seus antecessores e mantém a ONU de braços cruzados diante do conflito do Oriente Médio.
A decisão aumenta a responsabilidade dos americanos sobre a crise humanitária em Gaza. E associa Biden a um possível acirramento da guerra.
*Bernardo Mello Franco/O Globo