No quarto dia de guerra contra o Hamas, Israel prosseguiu com os ataques à Faixa de Gaza, mas a ação não ficou restrita ao território palestino. O Exército israelense afirmou ter sofrido ataques da Síria e do Líbano, que fazem fronteira ao norte, e informou ter bombardeado áreas nos dois países.
Israel afirmou ter bombardeado mais de 200 alvos na Faixa de Gaza na madrugada de terça (10). Segundo uma estimativa da ONU, o ataque ao território já atingiu 5.300 prédios, deixou quase 200 mil palestinos desabrigados e 610 mil sem água potável, diz o Uol.
O número de mortos no confronto pode ter ultrapassado 3.000. Em Israel, o governo cita mais de 1.000 mortos e 2.700 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 900 mortos e 4.500 feridos. Além disso, Israel diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo extremista Hamas em território israelense.
Segundo o governo de Israel, até 150 reféns estão em poder do Hamas. Ontem, o grupo palestino ameaçou assassinar os sequestrados se Israel mantivesse os ataques a Gaza, mas não há informação de que estas mortes estejam acontecendo.
Israel afirma ter sofrido ataques do Líbano e da Síria, mas não citou vítimas nessas ocorrências. Segundo Israel, o país foi alvo de três rajadas de foguetes disparadas por facções palestinas, no Líbano, e de “lançamentos” que partiram da Síria, mas não há detalhes sobre as ocorrência.
Líbano e Síria não têm nenhum envolvimento formal na guerra. Mas o grupo Hezbollah, que é alinhado ao Hamas e sediado no Líbano, disparou mísseis na fronteira com Israel e teve pelo menos quatro integrantes mortos pelo Exército israelense.