Brasileiro em Israel: ‘Terroristas vieram de paraquedas com metralhadoras’

Brasileiro em Israel: ‘Terroristas vieram de paraquedas com metralhadoras’

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O brasileiro Yehuda Weiss, militar da reserva em Israel, relatou ao UOL ter testemunhado o ataque do grupo radical Hamas a Israel. Ele estava em um festival de música eletrônica em Tel Aviv, que fica a cerca de 80 km da fronteira com a Faixa de Gaza. Ao conseguir deixar o local, o brasileiro disse ter visto homens com metralhadoras atirando contra a população e forças de segurança.

O brasileiro, que mora em território israelense há dois anos, disse que o ataque parecia “cena de filme”.

A todo momento escutamos estrondos, ainda continua um bombardeio forte. Parecia uma cena de filme, se viam terroristas do Hamas vindo de motocicletas e caindo de paraquedas com metralhadoras, disparando contra civis e policiais. Não consigo nem descrever como foi.

O brasileiro disse acreditar que, em um intervalo de 30 minutos, tenham sido lançados “milhares de mísseis.” “Não se conseguia ver nada no céu, só via pessoas desesperadas correndo nas ruas.”

Nas ruas por onde passou, Weiss diz ter visto tentativas de sequestros e pessoas feridas.

Quando acessei a avenida, tinha um carro da polícia parado, desceram quatro terroristas armados e começaram a disparar contras as pessoas e a polícia. Era uma cena apocalíptica. Vi um soldado morto com tiro na cabeça, terroristas sequestrando mulheres, crianças e idosos.

Weiss conseguiu chegar à casa de uma amiga e agora está em sua residência, localizada a 50 minutos de Gaza. Amigos de Weiss que estavam com ele no festival foram mantidos reféns por integrantes do Hamas. “Tinha acabado de voltar para a barraca, uma amiga minha está mantida refém. Não tivemos mais notícias dela.”

Weiss estava em festival bombardeado
Weiss diz que acompanhava o festival quando começaram os ataques a Israel. “Vi uma chuva de mísseis a cem, 200 metros de distância. O lugar em que fizeram o festival fica ao lado de uma base que foi invadida pelo Hamas e roubaram tanques e motos”, afirma.

Quando os ataques começaram, Weiss afirma que pensou serem fogos de artifício da festa. “Começamos a perceber quando desligaram a música. Uma pessoa pegou o microfone e disse: ‘Busquem abrigos ou permaneçam no chão.'”

Segundo Weiss, o local da festa era um campo aberto, sem locais para o público se proteger. “Não tinha onde se esconder. Vimos drones, estavam filmando a gente.” Depois, o brasileiro e alguns amigos conseguiram sair do local da festa para localizar os veículos em que estavam.

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