Braço político do parasitismo financeiro, Tarcísio enfrenta forte oposição dos trabalhadores

Braço político do parasitismo financeiro, Tarcísio enfrenta forte oposição dos trabalhadores

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O atual governador do Estado de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas orgulha-se de seu projeto de entrega dos principais serviços públicos do Estado de São Paulo ao setor privado. O parasitismo financeiro sonha há anos com a possibilidade de quadruplicar seus lucros encima da exploração da população trabalhadora do Estado.

O sonho de ampliar a privatização de todos os serviços do Estado de São Paulo não é novo. Esta já é uma tônica que vem desde os anos de governo do PSDB, entretanto, o bolsonarista Tarcísio de Freitas se coloca no papel de continuador da sanha privatista na defesa de que o seu projeto foi “legitimado” pelas urnas em 2022. Um malabarismo retórico tão feio quanto o próprio semblante de Tarcísio.

Ao dizer que o seu projeto de entrega vergonhosa dos ativos públicos do Estado para os tubarões do mercado financeiro foi “aprovada” pelos eleitores, Tarcísio ignora por completo informações essenciais como o fato da maior parte de seus eleitores terem residência no interior do Estado de São Paulo que é um mundo à parte no Estado, uma parcela populacional afastada da grande realidade da maioria dos trabalhadores da metrópole. Os eleitores interioranos não estão no olho do furação da metrópole e não enfrentam os dramas diários dos transportes públicos da metrópole. Os transportes públicos do Estado como o Metrô e a CPTM recebem cada vez menos investimentos do poder público justamente para criar a ideia de que o setor público é ruim e necessita ser privatizado, uma estratégia que há muito é usada pelo PSDB no Estado.

Além do fator distância da realidade, o grosso dos eleitores de Tarcísio não o elegeram com base em elucubrações sofisticadas  sobre qual seria o “melhor caminho” para ampliar a qualidade de qualquer serviço do Estado e sim no calor de uma eleição polarizada onde a grande maioria dos eleitores que nem se quer conheciam Tarcísio (quem nem paulista é) o fizeram porque não queriam o Estado no controle do Partido dos Trabalhadores, ou seja, uma eleição com um nível baixíssimo de politização ou debate de ideias.

Diante de fatos tão escandalosos, Tarcísio tem a cara de pau (para não dizer outra coisa) de impor sua política privatista com o objetivo de agradar poderosos setores financeiros acreditando que, com isso, sucateando e privatizando o Estado mais rico do país, receberá forte apoio numa possível candidatura para a Presidência da República, que é justamente o alvo do atual mandatário do Estado. Não se trata de um dirigente efetivamente preocupado com a qualidade de serviços públicos do Estado.

Agora Tarcísio enfrenta uma greve de trabalhadores da SABESP, algumas linhas do Metrô e da CPTM. A Rede Globo da Televisão e outros setores da imprensa monopolista estão na contenção dos danos propagandísticos contra Tarcísio e enfatizam o caráter de que a greve foi considerada “ilegal” pela Justiça evitando ao máximo entrar nos méritos e nos motivos que levam os trabalhadores e usuários dos serviços do Estado estarem descontentes.

Por este motivo, os trabalhadores da Metrópole de São Paulo são atualmente os grandes protagonistas de questionamento desta máquina de mentiras da Rede Globo e dos poderes vigentes que lutam utilizando-se de sua grande força de difusão de ideias e controle da máquina pública para alavancar projetos nem um pouco republicanos. Que esta greve tenha o sentido pedagógico de alertar todos do Estado de São Paulo sobre a infantilidade que é escolher “representantes” com base em intrigas infantis como, por exemplo, as Eleições de 2022.

Além de apoio da grande mídia que é, por sua vez, porta-voz dos mercados financeiros, Tarcísio utilizou-se da sua covardia típica, utiliza a máquina pública do Estado para decretar a paralisação das aulas da Rede Estadual de Ensino justamente para criar um efeito político que coloca o povo trabalhador contra o povo trabalhador. O objetivo é jogar as mães e pais dos alunos da rede estadual contra os grevistas e criar um clima de que os vilões seriam, pasmem, os próprios explorados pelo sistema. Espera-se que o povo da metrópole de São Paulo não caia nessa armadilha.

A culpa de termos em São Paulo um governo dispostos a declarar guerra contra os mais pobres recai sobre a ignorância e a imaturidade política dos eleitores alienados do Estado que só podem produzir efeitos negativos sobre o conjunto da população de São Paulo. Fora Tarcísio de Freitas!

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