Mais turbulências com o avanço das investigações sobre os golpes

Mais turbulências com o avanço das investigações sobre os golpes

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A hora de expiar os pecados

A cobra vai fumar nos próximos dias com a identificação e prisões de novos executores, financiadores e incitadores de atos golpistas – sejam os planejados para barrar a posse de Lula no final do ano passado, sejam os de 8 de janeiro para derrubá-lo.

dentificados, eles já estão. Em discussão, a necessidade de prendê-los ou de apenas intimá-los a depor à Polícia Federal. Há militares nesse cacho, e pressões de chefes militares e de seus aliados para que não sejam presos – ouvidos, tudo bem.

Dia sim, outro também, José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, repete que ninguém mais do que os chefes militares torcem para que acabe logo o suplício em que vivem, o que só desgasta sua imagem, subtraindo a confiança popular nas Forças Armadas.

Ora, escolheram a encrenca em que se meteram. Tinham nada que apoiar abertamente um candidato a presidente da República, governar com ele, avalizar todos os seus erros, e, não bastasse, tentar reelegê-lo? Fizeram dos propósitos de Bolsonaro os seus.

A história do ex-capitão afastado do Exército por indisciplina e conduta antiética não é a história de quem mais tarde se converteu aos sacrossantos valores cultivados pela farda, é o contrário. Foi a farda que se rendeu aos ideais truculentos de sua cria perdida.

Os militares que antes viam Bolsonaro como um péssimo exemplo para a tropa, a ponto de o impedirem de frequentar quartéis e cerimônias, passaram, aos poucos, a vê-lo como o Messias que os levaria a voltar ao poder, e desta vez pelo voto. Beleza!

Tão logo isso aconteceu, imaginaram que seria possível cavalgá-lo; acabaram cavalgados por ele. Encantaram-se com o que receberam em troca: empregos bem remunerados, uma Previdência Social para chamar de sua, prestígio e reverências.

*Blog do Noblat

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