Grito dos Excluídos na avenida Paulista pede a prisão de Bolsonaro

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Participantes da tradicional manifestação do grupo do Grupo dos Excluídos pediram a prisão de Jair Bolsonaro (PL) na região da avenida Paulista — ponto de concentração de bolsonaristas no Sete de Setembro nos últimos anos. Neste feriado, pequenos grupos de apoio ao ex-presidente tentam mobilizar o público no local.

Bolsonaro na cadeia!”, entoaram manifestantes no Grito dos Excluídos. Os porta-vozes do protesto, liderado por centrais sindicais e movimentos de moradia, usaram o microfone para xingar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de “fascistinha”, pregar um plebiscito contra a privatização da Sabesp e pedir a prisão de Bolsonaro.

Manifestantes se concentraram em praça Oswaldo Cruz, no começo da Paulista, que só começou a encher por volta das 10h30, quando a passeata teve início com a presença do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua. Os manifestantes marcharam da avenida Brigadeiro Luís Antônio até o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, zona sul.

Diferentemente dos últimos anos, quando esteve lotada de bolsonarista de verde e amrelo, a avenida ficou praticamente vazia na manhã d primeiro feriado de Independência do terceiro mandado de Lula (PT). A frente do prédio da Fiesp, que reunia os bolsonaristas, estava quase sem manifestantes — asssim como o Masp, local preferido de petistas.

Apenas dois carros de som com um público de poucas pessoas tentavam mobilizar pessoas que passavam pelo local. Em um deles, próximo ao Masp, um manifestante gritava frases como “Lula foi condenado, Lula, ex-presidiário, condenado, preso em Curitiba.” Do alto do carro, o homem dizia que o 7 de Setembro é dia da “pátria e dia do repúdio”. “Hoje comemora-se o dia da pátria, mas é também um dia de repúdio.”

Mais adiante, o outro carro de som, também com pequeno público, tentava atrair a atenção de pedestres e motoristas que passavam pelo local. Um dos manifestantes erguia bandeiras do Brasil e gritava: “Estamos passando por um momento econômico delicado.”

As palavras de ordem do manifestante se intercalavam com a música religiosa: “Querem abafar nossa voz, querem abafar nosso grito. Está na hora de unir nossas forças. Buscar a Deus por nosso país.” O manifestante incitou motoristas a buzinarem enquanto gritava “Fora, Lula”. Comerciantes locais reclamavam do volume do som.

A avenida já esteve tomada e cheia, mas agora está vazia. Qual o problema disso? Nenhum.

 

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