Os nomeados por Jair Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, foram os únicos a divergir de uma recente decisão do STF que abriu um processo criminal contra Carla Zambelli, deputada federal do PL-DF. No julgamento virtual, o STF aprovou por 9 votos a 2 a denúncia da PGR contra Zambelli. Ela é acusada de perseguir um homem negro armada nas ruas de São Paulo, um dia antes do segundo turno das eleições do ano passadoM, diz o DCM.
Todos os ministros, exceto Nunes Marques e Mendonça, concordaram com o relator Gilmar Mendes, que votou a favor de tornar a deputada ré. Argumentaram que o caso deveria ser julgado na Justiça de São Paulo, já que a perseguição armada não estava relacionada à atividade parlamentar de Zambelli.
Zambelli enfrenta acusações de constrangimento ilegal e porte ilegal de arma de fogo. Apesar de possuir registro de atiradora, ela desrespeitou a proibição de porte de arma estipulada pelo TSE às vésperas das eleições.
A polêmica poderia ter sido iniciada por diferenças ideológicas ou pela proximidade da eleição presidencial, mas tais aspectos não se relacionam diretamente com as obrigações funcionais da parlamentar, afirmou o Ministro André Mendonça do STF sobre a perseguição armada de Zambelli.
Apoiadora de Bolsonaro, Zambelli foi flagrada apontando uma arma para um homem negro. O incidente ocorreu em outubro do ano passado, no dia anterior ao segundo turno das eleições, em São Paulo. O vídeo mostra Zambelli entrando em um bar com a arma em mãos, alegando autodefesa após ter sido agredida por Luan Araújo, um jornalista. Contudo, as imagens não confirmam a agressão; a deputada caiu sozinha.