Integrantes da cúpula das Forças Armadas criticaram o encontro do hacker Walter Delgatti com membros do Ministério da Defesa para tratar de urnas eletrônicas em reunião no ano passado. O ex-presidente Jair Bolsonaro já admitiu que conversou com o hacker e disse que o encaminhou para uma agenda na pasta. A informação foi repassada por Bolsonaro durante entrevista à Jovem Pan.
A avaliação feita por membros da caserna à coluna de Bela Megale, no Globo, é que o fato de um servidor, provavelmente um militar, ter recebido, no interior do Ministério da Defesa, uma pessoa com “reputação duvidosa” e “criminosa” como o hacker, para falar sobre o processo eleitoral, é “um absurdo”.
A cúpula das Forças admite que o depoimento de Delgatti amplia a “mácula” sobre a reputação dos militares.
O general da reserva e ex-ministro da Defesa à época, Paulo Sergio Nogueira, negou para integrantes das Forças que tenha encontrado Delgatti.
Segundo a colunista Carla Araújo, do “UOL”, fontes ligadas a Nogueira disseram que o hacker teria sido recebido por um “técnico” da Pasta e dispensado depois de se concluir que “não acrescentaria nada ao trabalho da equipe”.