Pesquisa Genial-Quaest publicada na manhã desta quarta aponta que Lula e sua gestão obtêm a melhor avaliação desde o início do governo. O instituto fez 2009 entrevistas presenciais entre os dias 10 e 14. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos. Os levantamentos anteriores foram realizados nos meses de fevereiro, abril e junho. Aprovam o trabalho do presidente 60% dos ouvidos; apenas 35% o desaprovam. Não responderam ou não sabem 5%. O índice positivo cresceu quatro pontos, e o negativo caiu cinco em relação à pesquisa anterior.
O Nordeste continua a ser a região em que Lula obtém os melhores índices, mas a avaliação positiva cresceu substancialmente também no Sul e no Sudeste, com pequena queda no Norte/Centro-Oeste. Veja a variação por região, tendo como referência a pesquisa de junho:
APROVAM TRABALHO DE LULA
– Nordeste: de 71% para 72%
– Sudeste: de 51% par 55%
– Sul: de 48% para 59%
– Norte/Centro-Oeste: de 56% para 52%
REPROVAM TRABALHO DE LULA
– Nordeste: de 28% para 25%
– Sudeste: de 42% para 39%
– Sul: de 49% para 38%
– Norte/Centro-Oeste: de 42% para 39%
Para registro: em abril, aprovação e reprovação no Sudeste eram iguais: 45%. Agora, o saldo positivo é de 16 pontos (55% a 39%); no Sul, há quatro meses, a reprovação era 8 pontos maior do que a aprovação (51% a 43%); agora, as coisas se inverteram: o número favorável é 21 pontos maior do que o negativo.
LULA, SEGUNDO AS CATEGORIAS
Vamos à avaliação do trabalho de Lula segundo alguns cortes, sempre tomando junho como referência.
APROVAM
Sexo
– Mulheres: de 58% para 60%
– Homens: de 54% para 59%
Idade
– 16 a 34 anos: de 56% para 59%
– 35 a 59 anos: de 54% para 59%
– 60 anos ou mais: permanece em 61%
Renda
– Até 2 mínimos: de 64% par 68%
– De 2 a 5: de 54% para 56%
– Mais de 5: de 46% para 49%
Religião
– Católicos: de 61% para 63%
– Evangélicos: de 44% para 50%
– Outras/sem religião: de 59% para 64%
Voto no segundo turno
– Lula: de 90% para 93%
– Bolsonaro: de 22% para 25%
– Branco/Nulo: de 54% para 58%
REPROVAM
Sexo
– Mulheres: de 37% para 35%
– Homens: de 43% para 36%
Idade
– 16 a 34 anos: de 40% para 36%
– 35 a 59 anos: de 43% para 36%
– 60 anos ou mais: permanece em 32%
Renda
– Até 2 mínimos: de 32% par 26%
– De 2 a 5: de 41% para 38%
– Mais de 5: de 49% para 48%
Religião
– Católicos: de 34% para 32%
– Evangélicos: de 51% para 46%
– Outras/sem religião: de 38% para 30%
Voto no segundo turno
– Lula: de 7%% para 5%
– Bolsonaro: de 76% para 70%
– Branco/Nulo: de 36% para 31%
OBSERVAÇÕES SOBRE AS CATEGORIAS
– Em abril a diferença entre aprovação e reprovação entre as mulheres era de apenas 13 pontos (53% a 40%); agora, de 25 (60% a 35%); entre os homens, era de 5 (49% a 44%); agora, de 23: 59% a 36%;
– entre os que recebem até dois mínimos, o saldo positivo para Lula é de 42 pontos e de 18 entre os que recebem de dois a cinco (56% a 38%) — em abril, era de apenas 5 pontos; no grupo mais refratário ao presidente, o de mais de cinco mínimos, uma desvantagem de 10 pontos em abril (51% a 41%) tem agora um saldo positivo de um: 48% a 49%;
– pela primeira vez, é maior o número de evangélicos que aprovam o presidente do que o dos que desaprovam: 50% a 46%; em abril, o saldo negativo era de 16 pontos;
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– a avalição favorável ao presidente avança até entre os que votaram em Bolsonaro: em abril, a reprovação ganhava da aprovação por 81% a 14%; agora, por 70% a 25%. A diferença caiu de 67 pontos para 45, ainda grande, mas se move.
– Lula está conquistando os que votaram em branco ou anularam: a aprovação superava a reprovação em 13 pontos em abril (50% a 37%); agora, a diferença é de 27: 31% a 58%;
AVALIAÇÃO DE GOVERNO
Melhorou também a avaliação que a população faz do governo propriamente. Em relação a junho, o “positivo” cresceu de 37% para 42%; o “negativo” caiu de 27% para 24%, e o regular, de 32% para 29%. Vamos ver por região:
POSITIVO
– Nordeste: de 50% para 56%
– Sudeste: de 32% para 37%
– Sul: de 30% para 40%
– Norte/Centro-Oeste: de 35% para 32%
NEGATIVO
– Nordeste: mantém-se em 18%
– Sudeste: de 30% para 25%
– Sul: de 31% para 26%
– Norte/Centro-Oeste: de 30% para 28%
Também na avaliação do governo, o Sul registra a maior variação: a diferença negativa de um ponto em junho é, agora, de 14 pontos positivos (40% a 26%). Em abril, o governo era aprovado por 27% e reprovado por 33%;
No Sudeste, uma mudança e tanto: no levantamento anterior, só dois pontos a mais de aprovação: 32% a 30%; neste mês, o saldo positivo é de 12 pontos: 37% a 25%.
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O GOVERNO, SEGUNDO AS CATEGORIAS
Vamos a avaliação do governo segundo alguns cortes, sempre tomando junho como referência.
POSITIVO
Sexo
– Mulheres: de 39% para 42%
– Homens: de 34% para 40%
Idade
– 16 a 34 anos: de 33% para 39%
– 35 a 59 anos: de 37% para 42%
– 60 anos ou mais: de 41% para 44%
Renda
– Até 2 mínimos: de 43% par 50%
– De 2 a 5: de 35% para 38%
– Mais de 5: de 29% para 34%
Voto no segundo turno
– Lula: de 69% para 74%
– Bolsonaro: de 9% para 12%
– Branco/Nulo: de 28% para 35%
NEGATIVO
Sexo
– Mulheres: permanece em 24%
– Homens: de 30% para 25%
Idade
– 16 a 34 anos: de 25% para 24%
– 35 a 59 anos: de 30% para 26%
– 60 anos ou mais: de 25% para 22%
Renda
– Até 2 mínimos: de 20% par 16%
– De 2 a 5: de 30% para 26%
– Mais de 5: de 33% para 36%
Voto no segundo turno
– Lula: de 3%% para 2%
– Bolsonaro: de 55% para 51%
– Branco/Nulo: de 22% para 18%
OBSERVAÇÕES SOBRE AS CATEGORIAS
– a diferença entre positivo e negativo, favorável ao governo, era de apenas quatro pontos entre os homens em junho (34% a 30%); agora, é de 15 pontos: 40% a 25%;
– a distância entre negativo e positivo entre os mais pobres atinge 34 pontos: 50% a 16%, um provável efeito dos programas sociais. Também cresce na classe média: era de apenas 5 pontos em junho (35% a 30%); agora, é de 12: 38% a 26%. Em abril, 38% entre os que recebem mais de cinco mínimos achavam o governo negativo, contra 28% que o viam como positivo; agora, o saldo negativo é de apenas dois pontos: 36% a 34%. O governo avança na classe média.
Há dados muito relevantes que dizem respeito à percepção sobre a economia e as expectativas, mas ficam para outro post.
ENCERRO
1: Os dados aqui coligidos apontam de maneira clara que Lula e seu governo mantêm o apoio quase sem defecções daqueles que escolheram o petista para governar o Brasil. Mas também crescem junto aos que não votaram em ninguém. No eleitorado bolsonarista, a adesão ainda é muito pequena, mas algo já se move;
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2: em relação a abril — o pior mês, segundo a pesquisa —, o avanço da aprovação a Lula e a seu governo e a queda da reprovação são bastante expressivos;
3: os dados referentes a Sudeste e Sul, com ampla adesão a Bolsonaro em 2022, são muito positivos;
4: Lula consolida e amplia o apoio dos mais pobres;
5: há mudanças importantes junto ao eleitorado masculino, sempre mais refratário ao petista.
Os números apontam que o governo está no caminho certo. Segundo os brasileiros ao menos. E é para eles que o governo existe.
*Reinaldo Azevedo/Uol